“Nunca se
ataca um ungido de Deus”, dizem seguidores do pilantra Malafaia
sobre morte de Boechat
KIKO NOGUEIRA, no DCM
Em 2015, Ricardo Boechat e o pastor Silas Malafaia trocaram amabilidades. Boechat comentava sobre a agressão sofrida por uma menina de 11 anos devido à intolerância religiosa. A criança havia sido apedrejada na cabeça porque era praticante do candomblé. ||| Malafaia desafiou o jornalista no Twitter: “Avisa ao jornalista Boechat que está falando asneira dizendo que pastores incitam os fiéis a praticarem a intolerância. Verdadeiro idiota. Desafio Boechat para um debate ao vivo. Falar asneira no programa de rádio sozinho é mole, deixa de ser falastrão. Não incite o ódio”. ||| A resposta foi no seguinte tom: “Ô Malafaia, vai procurar uma rola, vai. Não me enche o saco. Você é um idiota, um paspalhão. Um pilantra. Tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia. E agora vai querer me processar. Você gosta muito de palanque, não vou te dar palanque porque você é um otário”. “Você é um homofóbico, uma figura execrável, horrorosa, que toma dinheiro das pessoas. Você é rico porque toma dinheiro das pessoas pregando salvação depois da morte. Meu salário, meus patrimônios, vêm do meu suor, não do suor alheio. Você é um charlatão, cara”. Etc etc ||| Os evangélicos seguidores do pastor resolveram se vingar, após a queda do helicóptero que levava o âncora da Band. “Nunca se ataca um ungido de Deus”, cravou um sujeito (veja abaixo). Eis a compaixão e o respeito de muitos crentes. O “Senhor dos Exércitos” que eles cultuam é um velho cheio de rancor e desgraçadamente canalha, pronto a eliminar os que desmascaram seus “eleitos” (sic). ||| Em 2017, o pastor Waldomiro Santiago pregou durante cultos que o câncer de Marcelo Rezende, que terminaria por matá-lo, deu-se porque ele pediu que a “mão de Deus” pesasse sobre o desafeto, um “malfeitor”. Rezende era autor de reportagens que desagradaram Waldomiro. ||| Malafaia ainda não se manifestou sobre a morte de Boechat e é provável que não o fará. O recado está dado.
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