terça-feira, 20 de outubro de 2015

'Cunha não integra meu governo. Lamento que seja um brasileiro', disse Dilma sobre denúncias


                                      imagem de GowalterLuis Nassif Online



 
Foi em visita a Estocolmo, na Suécia, neste final de semana, que a presidenta Dilma Rousseff deu uma das manifestações mais explícitas sobre as tratativas do deputado Eduardo Cunha com a oposição para a sua queda do Planalto. Até então, as acusações de Dilma rondavam o que ela chegou a classificar como "golpe à paraguaia", sem, contudo, nominar os integrantes ou articuladores de um impeachment. Dilma comparou, ainda, o peso de Cunha como o de "qualquer integrante do país".
 
"O acordo do Eduardo Cunha não era com o governo, era com a oposição, era público e notório", disse, em entrevista coletiva no domingo (18), quando jornalistas questionaram a tal possibilidade de acordo com Cunha para livrá-lo de uma cassação de mandato, em troca de travar a abertura de processo de impeachment. 
 
"Acho estranho atribuir ao governo acordo com presidente de Poder que não seja para passar coisa relativa a CPMF, DRU", completou a presidente, minimizando as suspeitas de aspirações do presidente da Câmara.
 
Em outra pergunta, Dilma deixou mais explícito que Cunha "não integra" seu governo. Uma jornalista questionou se as denúncias contra o presidente da Câmara seriam um constrangimento ao Brasil no exterior. "Seria estranho se causassem. Ele não integra meu governo. Eu lamento que seja um brasileiro, se é isso que você está perguntando", foi a resposta.
 
A presidente enfatizou o peso de Eduardo Cunha como o de qualquer cidadão brasileiro. Para ela, o episódio contra Cunha não prejudica a imagem do Brasil. "Acho que se distingue perfeitamente no mundo o país de qualquer um de seus integrantes. Nenhum país pode ser julgado por ser isso ou por aquilo, nem o Brasil, e não se julga assim. Acho que essa pergunta bastante capciosa", retrucou.
 
Ouça a entrevista na íntegra:


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