terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Como Lula e Dilma aqui, Néstor e Cristina  Kirchner foram devagar com reformas na Argentina            

Seduzidos pelo canto midiático da direita, 'hermanos'  optaram por Macri e,  já nos primeiros dias do novo governo, começam a perder relevantes conquistas sociais da última década...

 Maurício Macri
Maurício Macri: direita argentina  e a escalada inicial
 contra avanços sociais

Do AMgóes >>> Na Argentina, como aqui, os tradicionais grupos de direita, apoiadores da sangrenta ditadura militar, patrocinados pela mídia  hegemônica e conservadora(que apenas no papel perdera, com a festejada 'Ley de Médios', o poder de massacrante manipulação sociopolítica), derrubaram nas urnas -51,46 x 48,54 dos votos- o projeto de avanços sociais implementados por Néstor e Cristina Kirchner na última década.

A exemplo do PT, com Lula e Dilma, que garantiram expressivas conquistas aos cidadãos, incluindo mais de 40 milhões de deserdados no direito ao bolo de nossa economia, o partido peronista e demais organizações à esquerda e centro-esquerda chegaram  divididos  às urnas, conferindo legitimidade à falácia neofascista comandada por Maurício Macri.

Lá, como cá, o mesmíssimo discurso 'contra a corrupção' que atrai os bolsões normalmente desinformados da população, detonando reputações e sinalizando com 'democracia', ironicamente a instituição cuja derrubada,  pelo último e hediondo  regime autoritário, as elites direitistas ajudaram a consolidar. 

A democratização da mídia argentina, historicamente  controlada por poderosos cartéis, à frente o grupo Clarín(a 'Globo' deles), foi a senha que desencadeou avassaladora campanha de ódio disseminada contra a presidente Cristina Kirchner que, ainda assim, por muito pouco deixou de passar o bastão ao aliado Scioli.

Com efeito, os barões da imprensa do vizinho país jogaram todas as fichas na campanha de seu candidato(as 'sujas', em particular) e, malgrado a contagem mínima, ganharam o jogo, preservados por novos tempos de respeito à Constituição, diversamente dos congêneres brasileiros do PiG que, um ano e meses depois do pleito presidencial, ainda quebram lanças pelo golpe  a qualquer preço. 



                       Resultado de imagem para Fotos da propaganda de Maurício Macri



Todavia, liminarmente agredida  pelas  primeiras medidas draconianas  de Macri, metade do país já  vislumbra sem ilusões uma nebulosa quadra de retrocessos, motivo de  ser impelida, ato contínuo, a botar    o bloco    na    rua  contra  o  que  abomina como 'dictadura de decretazos'(alterações de leis por decretos monocráticos) do presidente recém-empossado.

Lá, como aqui, o atual clima de perplexidade estaria descartado se Cristina Kirchner, conquanto bem avaliada(pouco mais de 40%) no fim do segundo e desgastante mandato,  apesar dos injuriosos e incessantes ataques midiáticos, se tivesse aprofundado, por pertinentes,  outras ansiadas  reformas institucionais.

Por cá,  Dilma, pelo que we depreende, aderiu à filosofia do 'Lulinha-paz-e-amor' com que o carismático predecessor  chegara ao fim do segundo mandato, apesar do 'mensalão', pelo visto(perigosamente) alicerçada nas favas contadas de uma oposição inepta e sem projeto, cuja máquina golpista é azeitada por uma suposta 'grande imprensa' em acelerada decomposição. E cá, como na Argentina, as imprescindíveis reformas estruturais, em compasso de espera desde a queda de Jango(1964), seguem postergadas até a consumação dos séculos.


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