domingo, 3 de janeiro de 2016

Logo na Folha, Dilma?
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Do AMgóes >>> A presidenta Dilma Rousseff sentiu o golpe dos ‘paneleiros’, no primeiro semestre do ano passado. Seus mequetrefes conselheiros midiáticos  sugeriram que fugisse da rede nacional de TV e rádio a que faz jus por direito constitucional. 

O primeiro recuo foi no Dia da Pátria, quando utilizou a internet para se manifestar. Embora desse a impressão de prestígio à blogosfera, ficou evidente o temor de novo panelaço, uma saída, convenhamos, pusilânime diante dos arreganhos fascistoides da embolorada velha classe média alta e dos que em torno dela orbitam nas grandes cidades, onde ocorreram os chamados protestos de varanda-gourmet .

Ao optar pelo vídeo no Blog do Planalto, reproduzido ato contínuo por sites e blogs progressistas, a presidenta sonegou sua mensagem à metade da população ainda não usuária contumaz da internet e dependente  1º) da televisão e  2º) do rádio, segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia/2015 da própria Secretaria de Comunicação do governo(AQUI). Na prática, o povo dos grotões não assistiu à fala de Dilma no Sete de Setembro, conquanto o tim-tim-tim das panelas não lhe tenha chegado aos ouvidos.

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Edinho Silva
O  titular da Secom, Edinho Silva, deputado estadual do PT/SP, tido em março do ano passado como 'solução' para uma tarefa destinada, de preferência, a jornalistas com visão estratégica sobre gestão política, repete o 'burocratismo' entediante que historicamente tem predominado em seu partido e, na última década, nos governos petistas, salvo as relevantes passagens de Ricardo Kotscho, André Singer e Franklin Martins nos dois mandatos de Lula.

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Helena Chagas

Helena Chagas, jornalista de íntimas relações das Organizações Globo em Brasília, por artes inerentes às idiossincrasias do PT, coordenou o comitê de imprensa da campanha de Dilma em 2010 e acabou promovida à Secom. Em sua gestão de mais de três anos, implementou com desenvoltura a tese da 'mídia técnica' que destinou  centenas de milhões de reais em publicidade oficial aos veículos eletrônicos e impressos da família Marinho, da Editora Abril e dos jornalões paulistanos(Folha e Estadão) notoriamente oposicionista, em detrimento, por exemplo, do pleito  da então consolidada blogosfera para acesso ao bolo publicitário, cuja postura sempre caracterizou o apoio crítico, sem  beija-mão, às políticas governamentais, desde Lula.

O sucessor de Helena, Thomas Traumann, experiente jornalista, chegara com Palocci à Casa Civil do primeiro governo Dilma, de onde migrou para a Secom, assumindo sua titularidade em fevereiro de 2014. Discreto e formal, chegou mudo e saiu calado, após exercer de forma(meramente) burocrática uma função de viés político na interação do Palácio do Planalto com a sociedade.

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Franklin Martins
A rigor, a inépcia na comunicação, com  as exceções acima lembradas, de Kotscho, Singer e Martins(o mais pró-ativo, elaborando o projeto de regulação da mídia, que sua sucessora, com aval de Dilma, engavetou), tem sido a marca negativa dos governos petistas, embora a desenvoltura verbal e o carisma de Lula ensejassem ganhos fundamentais em seus dois mandatos.

Eminentemente técnica, afeita ao cotidiano dos gabinetes, Dilma dependeria de suporte midiático que lhe garantisse chegar aonde o povo está. Sem essa imprescindível estrutura, notadamente no enfrentamento à crise política com que se vê a braços desde sua reeleição, a presidenta, afora fugazes incursões aos holofotes, insuficientes para o gasto frente aos níveis de impopularidade trombeteados pela imprensa ultraconservadora, preferiu combater à sombra. Seria louvável a rotina de discrição não  nestes tempos de recorrente sedição golpista, resultado da inconformação direitista com os incontestáveis avanços do projeto de inserção socioeconômica no país, que contrariam a lógica perversa da casa grande & senzala.

Eis, todavia, que a presidenta, no raiar do Ano Novo, decidiu se manifestar. Só que o fez, desfiando seus propósitos e perspectivas de recuperação brasileira, face aos efeitos deletérios da crise planetária aqui detectados, bem assim aos ajustes de feições neoliberais ruminados por seu ex-ministro da Fazenda,  nas páginas de um dos vorazes órgãos do PiG, a Folha de São Paulo. Por mais exequível que tenha parecido o texto, publicado no jornalão dos Frias, sobressai a impressão de que a mandatária, acometida pela Síndrome de Estocolmo(*), prometeu novos tempos, em 2016, enclausurada nas entrelinhas editoriais dos algozes, responsáveis por seu desgaste aos olhos e ouvidos da opinião pública.

Logo na Folha, Dilma?

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(*) Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressorsíndrome recebe seu nome em referência ao famoso assalto de Norrmalmstorg do Kreditbanken, em Norrmalmstorg(Estocolmo/Suécia) que durou de 23 a 28 de agosto de 1973. Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus raptores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram(Wikipédia). 

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