quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Sem  Aécio-presidente, velha mídia  acelera  o  próprio        
estado  terminal                          

Resultado de imagem para Imagens da Imprensa golpista

Do AMgóes - Seremos todos testemunhas oculares do desmonte da embolorada e golpista  'grande imprensa', toda ela em marcha batida rumo a mórbido 'grand finale', sem choro nem vela, derrotada pela incoercível revolução digital e, na maioria dos casos, por falta de credibilidade, consequência da insidiosa e explícita partidarização no processo político brasileiro.

Editora Abril

Resultado de imagem para Capa da primeira edição e O Pato DonaldNascida em Buenos Aires, a Editora Abril, do judeu-italiano Victor Civita(fugido de seu país por conta do fascismo de Mussolini), lançou O Pato Donald(1950), sequenciando sua produção editorial com Capricho(1952, de fotonovelas importadas da Itália), além de, no curso dos anos, toda a linha de publicações infantis em quadrinhos autorizadas pela multinacional Walt Disney (MickeyTio Patinhas e Zé Carioca).                  

Resultado de imagem para Fotos de Victor e Roberto Civita
Victor(esq.) e Roberto Civita
Trazido de Tóquio(1958), onde trabalhava na sucursal da norte-americana Time, Roberto Civita, filho de Victor, incrementou o mercado brasileiro   com revistas semanais,    já    no   ocaso     da longeva   O Cruzeiro(1928), dos Diários Associados, de Francisco Chateabriand: uma, financeira, versão doméstica da Fortune, a Exame(1967); outra, informativa, na linha da Time, a Veja(1968), sucedânea da mensal Realidade(1965); e A Revista do Homem(1975), depois rebatizada como Playboy(1978), sob permissão da matriz nos EUA.

Resultado de imagem para Imagens de capa da PlacarNas décadas de 1960 e 1970, a Abril sacudiu o mercado editorial lançando nas bancas fascículos semanais sobre temas de acesso então adstrito às livrarias e bibliotecas: enciclopédias,  personagens históricos, livros e discos(LP) temáticos(ainda disponho, razoavelmente preservada, coleção de clássicos em vinil). Os públicos infantil(Recreio) e feminino (Cláudia, Estilo, Contigo, AnaMari, Nova e Elle), além dos esportes(Placar, líder por quatro décadas), turismo(Viagem e Turismo) e automóveis(Quatro Rodas), foram contemplados com publicações específicas da organização dos Civita.  Também houve espaço para publicações técnicas e outros segmentos, tais como Ciência e Tecnologia, Terra, Boa Forma, Saúde, Info, Superinteressante, Guia do Estudante, Você S/A, etc.

Embora com absoluta liderança no mercado editorial, os Civita passaram a sofrer o contraponto da concorrência digitalizada de variadas origens, em bom português, levando-os a se desfazer de referências 'históricas'(Placar, Capricho, Exame, entre outras). A Playboy, por exemplo, mesmo escapando da degola,  agora só em formato digital.

A Veja

Resultado de imagem para Imagens da primeira capa da VejaUm capítulo a parte, a  Veja atravessou decênios absoluta, dada a relevância de suas reportagens e entrevistas(nas 'Páginas Amarelas'). Entretanto, seus planejados arreganhos privatistas e antinacionais, consentâneos com a famigerada Teoria da Dependência, subscrita por badalados sabujos do neoliberalismo, FHC entre eles, já suscitavam protestos na segunda metade dos anos 1980, no pós-ditadura.  Lembro-me de uma campanha, entre os funcionários do Banco do Brasil, pelo cancelamento de assinatura da revista, em virtude de injuriosas e desqualificadoras ofensas à tradicional instituição creditícia do país. 

Resultado de imagem para Imagens da Imprensa golpista
A partir da eleição de Lula, em 2002, adveio a sequência eleitoralmente vitoriosa do projeto de inclusão socioeconômica do PT, que imprimiu salutares transformações em nossa realidade, das metrópoles aos grotões, e nos credenciou no concerto internacional. A Veja, cuja editora foi aquinhoada, desde os primórdios do golpe civil-militar,  por benesses advindas dos bancos estatais, na forma de financiamentos sob generosas condições de resgate,  instituiu, em parceria com empedernidos comparsas, o que jocosamente Paulo Henrique Amorim batizou de PiG/Partido da Imprensa Golpista.

PiG, oposição odiosa

Resultado de imagem para Imagens da Imprensa golpistaEditora Abril, Organizações Globo, Folha de São Paulo, Estadão e outros veículos menos votados, mas altamente perniciosos, como Band, Jovem Pan, ÍstoÉ e similares, incorporaram, ao arrepio da ética jornalística, a função de 'opositores', face à inépcia dos partidos políticos derrotados em constitucionalmente exercê-lo. Dessa forma, ainda que minimize as consequências, o  baronato midiático pagará com juros a deletéria e falaciosa conduta. Quem viver, verá.

Conquanto desinforme(e deforme) a opinião pública através de diuturno exercício do jornalismo de esgoto, incrivelmente subsidiada por surreal  leniência 'republicana' do próprio Executivo federal, em sua opção masoquista de 'mulher de malandro', a imprensa conservadora esqueceu que o advento da internet tem propiciado ao senso comum a inusitada visão do 'outro lado' da lua. 

Resultado de imagem para Imagens da Imprensa golpistaEmbora a fórceps e passível de indecisões, vem-se configurando entre dezenas de milhões que ascenderam, nas periferias, a novo patamar social, uma consciência cidadã à margem das versões(sobre o Brasil) disseminadas pelos paus-mandados da  classe média(média-média e média-alta), beneficiária contumaz e impune, desde nossos primórdios coloniais, de malfeitos criminosamente institucionalizados.

Resultado de imagem para Imagens de Aécio-presidenteSem Aécio-presidente, fórmula vislumbrada como derradeira 'salvação da lavoura', o barco de nossa elite idiotizada faz água com celeridade. Dessa forma, só lhe resta soçobrar na direção das profundezas de sua ignomínia, onde expiará os cabeludos pecados mortais pelo que  aqui notoriamente patrocinou, engrupindo os incautos: desolação e incerteza, condimentados com ranger de dentes.

Leia mais, por pertinente,no TIJOLAÇO:

De Chatô a Aécio, a longa agonia do “Estado de Minas”

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