quarta-feira, 27 de abril de 2016



14    reportagens  internacionais mostram por que o impeachment de Dilma é golpe                           

                      
paulada_the_economist
Charge: Lo Cole/ The Economist

Veículos internacionais de grande circulação descrevem    "situações bizarras"   que     aconteceram   na   Câmara   dos   Deputados e  que culminaram no   encaminhamento   favorável   ao  impeachment    da presidenta Dilma Rousseff. O entendimento é unânime.    Trata-se de um duro golpe à democracia brasileira.
As reportagens destacam o fato de Dilma ser uma das poucas figuras não acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro ou enriquecimento ilícito, diferentemente de muitos deputados. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o vice-presidente Michel Temer foram citados nas reportagens, respectivamente, pela condição de réu no Supremo Tribunal Federal pelos 40 milhões de dólares na Suíça e pelas diversas citações de envolvimento em esquemas de corrupção.
A votação do processo na Câmara, no domingo, 17, foi motivo de espanto. Contestam o "clima de jogo de futebol", as "agressões", o "desrespeito ao estado laico e às minorias", e, claro, todos os "motivos estapafúrdios" que estariam justificando o voto dos deputados pelo impeachment, sem tocar realmente no cerne da questão.
Como bem destacou o The Independent(AQUI), dias antes da votação, "o processo democrático do Brasil está ameaçado por uma imprensa partidária" . Nesse sentido cabe ressaltar que a maioria dos links a seguir são de veículos e corporações tradicionais. Perceber o golpe não é, portanto, uma posição política. É uma percepção democrática.
The Independent – Reino Unido
"Réu no Supremo Tribunal Federal, Eduardo Cunha lidera o processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados"
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CNN – Estados Unidos
"Apesar dos pedidos de impeachment, Dilma Rousseff não foi sequer denunciada ou acusada criminalmente de corrupção"
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The New York Times – Estados Unidos
"Derrubar Dilma sem evidências concretas de corrupção causaria sérios danos à democracia"
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The Intercept – Estados Unidos
"Brasil é engolido pela classe dirigente da corrupção e uma perigosa subversão à democracia"
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Le Monde - França
"Eduardo Cunha, acusado de corrupção no esquema da Petrobrás, é quem coordenou o processo de impeachment."
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Pagina 12 - Argentina
"O golpe institucional contra Dilma já está em marcha"
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The Economist - Reino Unido
"Quase nenhum deputado federal deu algum motivo ou justificativa do porquê aprovar o impeachment"
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BBC – Reino Unido
"Outra coisa que chamou a atenção de quem assistia à votação na Câmara foi a composição da Casa por uma imensa maioria de homens brancos, sobrando poucas cadeiras para negros, mulheres e indígenas."
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La Jornada - México
"Brasil assistiu domingo a um lamentável desfile dos que integram a Câmara dos deputados"
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RFI - França
"É como um enorme caldo muito deprimente que levanta dúvidas e deixa a população muito cética em relação à classe política."
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El País - Espanha
"Há desproporção no processo de impeachment de Dilma Rousseff. Mohallem compara destituição de um presidente à pena de morte, uma saída drástica que poderia ser substituída com outra punição"
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The Washington Post – Estados Unidos
"O pedido de impeachment contribui para o deslize na economia. A melhor saída seriam as próximas eleições, não ficar travando uma interminável batalha pelo impeachment"
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The Guardian – Reino Unido
"Um congresso hostil e contaminado por corrupção votou pelo impeachment da presidente Dilma"
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Público - Portugal
"O Brasil está entregue a uma horda de predadores a quem não se pode confiar uma chave de casa, quanto mais o destino de uma Presidente eleita."
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(*) Paulo Pimenta, jornalista, é deputado federal (PT/RS).

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