segunda-feira, 25 de abril de 2016

Partido Social-Democrata

alemão protesta contra

golpe no Brasil

spd
O Partido Social Democrata Alemão, o SPD, uma das mais importantes vozes políticas da Europa, divulgou nota(original AQUI) contra as tentativas de aplicação de um golpe político-parlamentar contra Dilma Rousseff.
Num duro texto, diz que “a oposição no Brasil deve retornar aos princípios democráticos. Isto significa respeitar os resultados das eleições e de luta para a mudança política através das urnas”.
A nota é assinada por Niels Annen Klaus Barthel , representantes da bancada social-democrata para assuntos estrangeiros e assinala que não há acusações concretas de corrupção contra Dilma e nem contra o ex-presidente Lula. E, portanto “as alegações contra Roussef não representam uma base jurídica fundamentada para o impeachment”.
“Com o impeachment, a oposição abusou de um instrumento democrático importante da Constituição para remover uma presidente democraticamente eleita. Sabemos que Dilma Rousseff perdeu apoio entre as pessoas em geral  e no Congresso. O abuso de 'impeachment', no entanto, representa um precedente perigoso para a democracia brasileira. Ele permite que as pesquisas de opinião e marchas de protesto superem princípios constitucionais e eleições democráticas “, assinala a nota.
PS. Recebo de um leitor, tradutor juramentado, com imensa gentileza, uma tradução exata da nota do SPD e a reproduzo, com minhas escusas pelas imprecisões:
A socialdemocracia alemã cerra fileiras com a democracia brasileira
Niels Annen, porta-voz do Grupo Parlamentar de Trabalho sobre Política Externa

Klaus Barthel, relator do caso

Resultado de imagem para Fotos de líderes históricos da social-democracia alemãA bancada do Partido Socialdemocrata Alemão apoia todas as forças democráticas no Brasil, que se colocam contra as ideologias antipolíticas e antidemocráticas, e faz votos para que se encontre uma saída da crise num processo de diálogo. É imperioso que a oposição no Brasil retorne a princípios fundamentais comprometidos com a Democracia. Isso significa respeitar os resultados das eleições e lutar pela mudança política nas urnas.
“No domingo 17 de abril, a Câmara dos Deputados da República Federativa do Brasil decidiu pela abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A bancada do Partido Socialdemocrata Alemão, no Parlamento Federal, acompanha o desenrolar dos acontecimentos no Brasil com muita apreensão. Os graves casos de corrupção na empresa petrolífera paraestatal Petrobrás abalaram a confiança da população no sistema político e nos partidos. Ficou comprovado que também o Partido dos Trabalhadores se beneficiou de financiamentos ilegais. Apesar das apurações intensas já realizadas, inexistem indícios incriminadores do envolvimento de Dilma Rousseff ou seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo da Petrobrás. Não obstante, o PT e suas lideranças se vêem expostos a uma campanha difamatória movida por amplos segmentos da mídia brasileira com o objetivo de destruir a credibilidade e a reputação do partido, da presidente em exercício e do seu antecessor. A mídia não reconhece, porém, que somente os governos do PT sob as presidências de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva criaram as condições no Judiciário e nos órgãos investigadores para uma apuração efetiva da corrupção. Em uma sociedade democrática, cabe ao Judiciário assegurar que a apuração da corrupção não degenere em revanchismo político.
As acusações contra Dilma Rousseff não constituem uma base jurídica sólida para um processo de impeachment. É significativo ver que elas também não tiveram nenhuma importância na discussão e na votação nominal, realizadas na Câmara dos Deputados em 17 de abril.
Apelando ao processo de impeachment, a oposição abusa de um importante instrumento democrático, previsto na constituição, para expulsar do cargo uma presidenta democraticamente eleita. Sabemos que Dilma Rousseff sofreu amargas perdas quanto à aprovação do seu governo pela população e pelo Congresso Nacional. No entanto, o emprego abusivo do processo de impeachment é um precedente perigoso para a democracia brasileira. Permite que resultados de pesquisas de opinião e marchas de protesto pesem mais do que princípios constitucionais e eleições democráticas.”

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