BRF APONTA ERRO GROSSEIRO
DA PF: PAPELÃO ERA EMBALAGEM,
NÃO MISTURA NA CARNE
Investigadas
pela Polícia Federal no âmbito da Operação Carne Fraca, deflagrada nesta
sexta-feira (18), as empresas JBS e BRF admitiram que são alvo da ação, mas
negam adulteração e irregularidades nos produtos comercializados. A Operação
carne Fraca apura o pagamento de propina a fiscais agropecuários para liberar
carne imprópria para o consumo por meio de um esquema de licenças e
fiscalizações irregulares.
Por
meio de nota, a JBS confirmou que três unidades da empresa, localizadas no
Paraná e em Goiás, foram alvo da ação desta sexta-feira (17), mas afirmou que
no despacho da Justiça não havia menção a irregularidades , além de assegurar
que nenhuma fábrica foi interditada e nenhum de seus executivos foi alvo de
medidas judiciais. "Na unidade da
Lapa (PR) houve uma medida judicial expedida contra um médico veterinário,
funcionário da Companhia, cedido ao Ministério da Agricultura", disse
a companhia em nota.
Também
por meio de nota, a BRF disse que os agentes federais interpretaram de forma
errônea uma gravação telefônica interceptada onde funcionários da empresa se
referem ao uso de papelão em uma de suas unidades. A BRF sustenta que o
funcionário se referiu às embalagens do produto, e não a utilização do material
em seus produtos. "A BRF assegura a
qualidade e a segurança de seus produtos e garante que não há nenhum risco para
seus consumidores, seja no Brasil ou nos mais de 150 países em que atua",
diz um trecho da nota.
A
Justiça federal expediu dois mandados de prisão preventiva contra diretores da
empresa. Os executivos Roney Nogueira dos Santos, gerente de relações
institucionais e governamentais da BRF, e André Luis Baldissera, diretor da
BRF, são acusados de diretamente visando influenciar as ações dos fiscais do
Ministério da Agricultura.
Ao
todo, a Operação Carne Fraca investiga 22 empresas suspeitas de participação no
esquema de pagamento de propinas para burlar a fiscalização.
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