sexta-feira, 31 de março de 2017

O TCE e as contas de Brizola. Os “moralistas”  sem  moral um dia vão  em  cana                              

    alencar
A prisão de cinco dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (e o sexto, dos sete, é o delator que os levou à cadeia) não podia deixar de me lembrar de uma das manobras políticas mais sórdidas que vi na vida, antes do que assisti com a manobras do Tribunal de Contas da União contra Dilma Rousseff.
Era o ano de 1995 e Marcelo Alencar, que não seria nada sem que Brizola, em 1984, o tivesse indicado prefeito do Rio de Janeiro – ainda não havia eleições diretas nas capitais – partiu para uma vingança sórdida contra seu criador, tentando se aproveitar da maioria que tinha na Assembleia Legislativa para transformar em rejeição as ressalvas que o Tribunal de Contas do Estado havia feito às contas do último ano do Governo do PDT, dividido entre o próprio Brizola e Nilo Batista.
O ódio a Brizola era tão grande que até mesmo parte do PT se juntou a este golpe sórdido, contra a orientação da direção nacional do partido e de Lula, como registra a correta reportagem de meu amigo Aziz Filho(AQUI), à época repórter da Folha:
Três dos cinco deputados estaduais do PT (Heloneida Studart, Tânia Rodrigues e Marcelo Dias) votaram contra o substitutivo do líder pedetista, recebendo vaias das galerias.
“O PT do Rio é uma bosta. É a esquerda que a direita gosta”, gritaram os brizolistas, após o discurso do líder do PT.
No entanto, quando o deputado Neirobis Nagae anunciou seu voto a favor de Brizola, conforme determinou o Diretório Nacional do PT, os brizolistas gritaram: “Brizola e Lula, a luta continua”.
Tudo foi uma armação tucana, dirigida pessoalmente pelo então governador Marcello Alencar, através de seu filho, o então deputado Marco Antônio, um dos presos na operação de ontem contra a corrupção dentro do Tribunal de Contas, do qual se tornaria conselheiro, dois anos depois desta nojeira contra Brizola.
O ladravaz Sérgio Cabral, também tucano à época, igualmente não se furtou (a si ele nunca furtou, e apenas a si) de participar da armação:
O presidente da Assembléia, Sérgio Cabral Filho (PSDB), foi vaiado ao mostrar o voto para as câmeras.

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