sexta-feira, 31 de março de 2017

IBGE contraria governo golpista e   mostra   desemprego   voando alto  em  céu  com  raios e trovões

FERNANDO BRITO               

   desemptrimfez17
Os números da Pesquisa por Amostra Domiciliar (Pnad) do IBG, divulgados hoje(AQUI), revelam que o desemprego, apesar dos anúncios oficiais de que teria começado a se reverter, continua subindo e muito fortemente.
Diz o resultado da Pnad que:
A população desocupada chegou a 13,5 milhões e bateu o recorde da série iniciada em 2012. Este contingente cresceu 11,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) frente ao trimestre encerrado em novembro de 2016 e 30,6% (mais 3,2 milhões de pessoas em busca de trabalho) em relação a igual trimestre de 2016.
Mas este resultado não é um retrato do que passou. Feita a comparação entre o trimestre novembro-dezembro-janeiro com o dezembro-janeiro-fevereiro (2107) o número subiu em 600 mil desocupados. Só perde – e por pouco – para os 700 mil desempregados a mais na mesma transição em 2016.
É, portanto, a segunda maior variação mensal já registrada.
Já não é impossível que cheguemos ao final do ano com 15 milhões de desempregado, superando as previsão mais pessimista de que este número chegasse a 14 milhões.
O número de trabalhadores da construção civil, uma das maiores fontes de emprego do país caiu, pela primeira vez em muitos anos, abaixo de 7 milhões e vai cair mais, porque as obras públicas, já imobilizadas, em grande parte, pelas repercussões da Lava Jato, vão praticamente acabar com os cortes orçamentários – ampliados anteontem por Henrique Meirelles.
O descompasso entre o mundo das colunas econômicas e a realidade é cada vez maior e não pode ser eternamente escondido com previsões otimistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário