quarta-feira, 31 de maio de 2017

Faleceu Gilse Cosenza,

um  aço  em  flor            


A militante comunista GILSE CONSENZA faleceu na noite do último domingo (28) em Belo Horizonte. Às vésperas dos 74 anos,  não resistiu a cirurgia para se tratar de um câncer, realizada na última sexta-feira no Hospital Vera Cruz. Há exatos dez anos, Gilse sofreu da mesma doença, mas naquela época foi-lhe extirpado o tumor, que voltou recentemente mais agressivo. O velório aconteceu nessa segunda-feira(29), no Parque da Colina, na capital mineira,  onde foi cremada.

Foto: Facebook de Gil Avelar
 Gilse Consenza entre as filhas Juliana (esquerda) e Gilda (direita) Gilse  entre as filhas Juliana (esquerda) e Gilda (direita)

Gilse dedicou sua vida inteira à luta por um mundo melhor e mais justo. Começou a se envolver com a política aos 16 anos, quando ingressou num colégio interno de freiras, onde ajudou a criar o grêmio estudantil. Foi quando conheceu a Juventude Estudantil Católica (JEC), um braço da Ação Popular. Sua atuação começou a extrapolar os muros da escola e seguiu pelas favelas da capital mineira, trabalhando na alfabetização e politização dos trabalhadores (...)

Leia mais sobre  GILSE CONSENZA no VERMELHO.


Gilse  Westin  Cosenza,  uma 

mulher imprescindível

(1943-2017)

                 

Gilse Westin Cosenza faleceu aos 74 anos de idade nesse último domingo-28, em Belo Horizonte. Dedicou a maior parte da sua vida à causa do povo, à busca de uma sociedade que fosse a expressão da sua conduta: fraterna, altiva, socialmente desenvolvida.

Gilse foi uma das “moças de Minas”, grupo de destemidas lutadoras contra a ditadura militar assim chamadas por Luiz Manfredini em sua obra que descreve a atuação da Ação Popular (AP) em Minas Gerais na resistência democrática nos anos 1960 — uma doce revolucionária, como definiu Luciana Santos, presidenta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em nota sobre o seu falecimento.

Gilse esteve presente em todos os combates por democracia, soberania nacional e progresso desde que iniciou a militância política no movimento estudantil, em março de 1964. Foi para o campo preparar o caminho da guerra popular prolongada e amargou as mais bestiais torturas enquanto esteve nas mãos dos carrascos que atuaram nos porões da ditadura.

Com a incorporação da AP ao PCdoB, integrou-se de pronto aos trabalho dos comunistas e chegou ao posto de membro do seu Comitê Central. A vida de Gilse, enfim, pode ser resumida numa definição: foi uma daquelas personalidades que Bertold Brecht disse, sem inflexão de gênero, serem imprescindíveis.

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DEPOIMENTO: Gilse Maria Westin Cosenza

PROJETO MARCAS DA MEMÓRIA DA COMISSÃO DA ANISTIA, PUBLICADO EM 29.05.2017
Depoimento de Gilse publicado como capítulo do livro: Repressão e Direito à Resistência - Os comunistas na luta contra a ditadura (1964-1985) São Paulo : Anita Garibaldi, coedição com a Fundação Maurício Grabois, 2013. 414 p.
Resultado de imagem para Fotos de gILSE cOSENZALeia a íntegra do depoimento  AQUI

Entrevista de Gilse Consenza a Rudá Ricci, (novembro/2014) na série rememorativa dos 50 anos do golpe militar de 1964...



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