sábado, 20 de maio de 2017

Por que a delação da JBS

contra Dilma e  Lula  não

pesa   como   a  de  Temer


JBS provou relação direta com Temer e pagamento de propinas ao PMDB. Contra Dilma e Lula, há terceiros e o desgastado "ouvi dizer"

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A liberação da chamada lista de Fachin, com dezenas e mais dezenas de inquéritos contra políticos de todos os leques, a reboque da delação da Odebrecht, exigia um esforço que a imprensa não conseguiu fazer: separar o joio do trigo. Naquele momento, todos foram jogados numa vala comum. Peixe de aquário, com acusação de receber R$ 30 mil como doação eleitoral via caixa 2, sem contrapartidas, foi misturado com tubarão que faturou milhões em cima de obras públicas. A delação da JBS não é diferente nesse sentido.   Não sabemos se é por culpa do Ministério Público Federal (que só agora tirou da manga a ação controlada) ou da JBS (que só passou a registrar encontros com políticos após o impeachment), mas a disparidade nas provas apresentadas contra Michel Temer, de um lado, e Dilma Roussef e Lula, de outro, é gritante.    Contra Temer, há áudio de conversa com o próprio presidente sobre pagamento de propina, há grampo telefônico, há entrega filmada de mala de dinheiro a um deputado de sua "estrita confiança". Contra Dilma e Lula, há diálogos com terceiros e o já desgastado "ouvi dizer". Pelo menos é o que se depreende da leitura de anexo da delação premiada de Joesley Batista. 

Leia mais CÍNTIA ALVES no JORNAL/GGN.

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