quinta-feira, 25 de maio de 2017

O Reichstag de Michel Temer. Até   foto  falsa  vale                       

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

A primeira providência de Michel Temer, assim que estourou o escândalo da gravação do diálogo com Joesley Batista foi convocar uma reunião de comandantes das Forças Armadas, com Raul Jungman e seu general-de-palácio, Sérgio Etchegoyen.  //  Aos primeiros, certamente, dirigiu-se de maneira formal e republicana, até porque eles são homens calejados com aqueles que, na expressão do marechal Castello Branco, são as “vivandeiras de quartel”.  //  Com os  dois outros, há dúvidas.  //  Dado o raciocínio de padrão vermicular de Michel Temer não se pode descartar a ideia de que se propagasse para a política aquilo que ele já fizera com a economia: que sem ele seria o caos.  //  O esforço para promover argumentos que ajudassem essa ideia é imenso.  //  Ao ponto de um ministro de Estado (Osmar Terra, da Agricultura) postar uma foto de um incêndio em 2005 como se fosse dessa quarta-feira(24). //  Há muita coisa a indicar que Temer montou um “incêndio do Reichstag”(*) tupiniquim, atribuindo à esquerda uma vocação “subversiva”.  //  O elemento de desestabilização da ordem no Brasil chama-se Michel Temer. 

(*) Do AMgóes, via Wikipédia >  Em 27 de fevereiro de 1933, o Reichstag, em Berlim, foi ateado em fogo e, como resultado, foi visto como o acontecimento crucial para o estabelecimento da Alemanha nazista. Às 21h25, um posto de bombeiros da cidade recebeu uma chamada pois o alarme do Palácio do Reichstag, o local de encontro do parlamento alemão, anunciava que o prédio estava em chamas. O incêndio começou na câmara de sessão, e quando a polícia e os bombeiros haviam chegado, a Câmara dos Deputados já tinha sido engolida pelas chamas. No interior do edifício, uma minuciosa pesquisa conduzida pela polícia resultou na culpa de Marinus van der Lubbe. Van der Lubbe foi um ativista neerlandês, comunista,  pedreiro desempregado que tinha chegado recentemente à Alemanha, ostensivamente para realizar suas atividades políticas. O incêndio foi utilizado pelos nazistas como prova de que os comunistas estavam começando uma "conspiração" contra o governo alemão. Van der Lubbe e quatro líderes comunistas seriam presos posteriormente. Adolf Hitler, que foi empossado como chanceler da Alemanha quatro semanas antes, em 30 de janeiro, incitou o Presidente Paul von Hindenburg a passar um decreto de emergência a fim de contrariar o "impiedoso confronto do Partido Comunista da Alemanha".

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