Temer não quer ser
questionado sobre o
conteúdo dos áudios
Sobre o que ele quer falar, então? Sobre os lírios do Líbano, terra dos ancestrais?
No CONVERSA AFIADA, do ESTADÃO
O presidente não quer ser questionado agora pela
Polícia Federal sobre o conteúdo do áudio da conversa com o empresário Joesley
Batista, da JBS, ocorrida na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu. Por meio
de petição ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato e
desdobramentos no Supremo Tribunal Federal, o advogado do presidente,
criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, alega que o áudio ainda está
sendo submetido a uma perícia da Polícia Federal. /// A conversa foi gravada por Joesley. Nela, Temer reage
com ‘ótimo, ótimo’ às informações do delator que narra ter corrompido o
procurador da República Ângelo Goulart e conta sobre pagamento de mesada
milionária para Eduardo Cunha, em troca do silêncio do ex-presidente da Câmara
preso desde outubro de 2016. /// Os investigadores argumentam que Temer não
poderia ter se omitido quando informado por Joesley sobre práticas
criminosas. /// Nessa terça-feira, 30, Fachin autorizou a Polícia
Federal a interrogar o presidente no inquérito da Operação Patmos, deflagrada
no dia 18. O depoimento será por escrito. A PF vai encaminhar as perguntas a
Temer, inclusive sobre o deputado Rocha Loures (PMDB/PR), ex-assessor do
presidente flagrado correndo por uma rua dos Jardins, em São Paulo, com uma
mala estufada de propinas da JBS – maços com 10 mil notas de R$ 50. (...)

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