No Rio, Assembleia manda soltar Picciani e conclui a farsa
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
Como estava previsto, a maioria dos deputados estaduais do Rio de Janeiro votou pela revogação da ordem de prisão de Jorge Picciani e de mais dois deputados, detidos desde ontem na tal Operação Cadeia Velha. ||| Todos sabiam que isso iria acontecer, inclusive os desembargadores que a decretaram. ||| Reafirmo o que escrevi ontem: A prisão é, portanto, cenográfica. Destina-se a produzir um estado de excitação – não injustificável – na opinião pública. Não a fazer Justiça, que todos eles merecem, mas para fazer espuma. Amanhã, quando forem libertados, estarão mais desmoralizados o Legislativo e o Judiciário. ||| Arranjou-se um “flagrante” – única oportunidade de prender parlamentar – inexistente para viabilizar um espetáculo. Não que falte culpa aos três em qualquer cartório que se imagine, mas o processo legal foi direcionado para produzir o espalhafato. ||| E fazer propaganda – ou propaganda de si próprio – certamente não é papel de um Judiciário sóbrio, que não seja afeito a decisões do tipo “me engana que eu gosto”. ||| Porque o descrédito que gera com isso só serve como estímulo àquilo que juízes deveriam detestar: apelos a deixar-se o Estado de Direito. ||| Por mais horror e nojo que essa turma provoque, nada é pior do que uma farsa.
Como estava previsto, a maioria dos deputados estaduais do Rio de Janeiro votou pela revogação da ordem de prisão de Jorge Picciani e de mais dois deputados, detidos desde ontem na tal Operação Cadeia Velha. ||| Todos sabiam que isso iria acontecer, inclusive os desembargadores que a decretaram. ||| Reafirmo o que escrevi ontem: A prisão é, portanto, cenográfica. Destina-se a produzir um estado de excitação – não injustificável – na opinião pública. Não a fazer Justiça, que todos eles merecem, mas para fazer espuma. Amanhã, quando forem libertados, estarão mais desmoralizados o Legislativo e o Judiciário. ||| Arranjou-se um “flagrante” – única oportunidade de prender parlamentar – inexistente para viabilizar um espetáculo. Não que falte culpa aos três em qualquer cartório que se imagine, mas o processo legal foi direcionado para produzir o espalhafato. ||| E fazer propaganda – ou propaganda de si próprio – certamente não é papel de um Judiciário sóbrio, que não seja afeito a decisões do tipo “me engana que eu gosto”. ||| Porque o descrédito que gera com isso só serve como estímulo àquilo que juízes deveriam detestar: apelos a deixar-se o Estado de Direito. ||| Por mais horror e nojo que essa turma provoque, nada é pior do que uma farsa.
Eis como votaram os 58 parlamentares presentes à ALERJ na tarde desta sexta(17):
VOTOS PELA SOLTURA DE PICIANI, PAULO MELO E ALBERTASSI(38): PMDB > André Lazaroni, Átila Nunes, Coronel Jairo, Daniele Guerreiro, Fabio Silva, Geraldo Pudim, Gustavo Tutuca, Marcelo Simão, Pedro Augusto, Rosenverg Reis. PDT > Cidinha Campos, Janio Mendes, Luiz Martins, Thiago Pampolha, Zaqueu Teixeira. DEM > Andre Correa, Filipe Soares, Marcia Jeovani, .Milton Rangel. PP > Dionisio Lins, Jair Bittencourt, Zito. PODEMOS > Chiquinho da Mangueira, Dica. PSD > Christino Áureo, Iranildo Campos. PR > Nivaldo Mulim, Renato Cozzolino. SOLIDARIEDADE > Fatinha, Tio Carlos. PT > André Ceciliano. PROS > Marco Figueiredo. PSDC > João Peixoto. PSL > Marcio Canella. PT DO B > Marcos Abrahão. PHS > Marcos Muller. PTB > Marcus Vinicius. PSOL > Paulo Ramos. PSDB > Silas Bento.
VOTOS PELA PRISÃO (19): PSOL > Eliomar Coelho, Flavio Serafini, Marcelo Freixo, Wanderson Nogueira. PRB > Benedito Alves, Carlos Macedo, Wagner Montes. PT > Gilberto Palmares, Waldeck Carneiro, Zeidan. PSDB > Carlos Osorio, Luiz Paulo. PSC > Bolsonaro, Marcio Pacheco. PDT > Martha Rocha. REDE > Dr. Julianelli. PCdoB > Enfermeira Rejane. DEM > Samuel Malafaia. SEM PARTIDO > Carlos Minc.
ABSTENÇÃO: Bruno Dauaire(PR).
AUSENTES(11*): Bebeto (SDD), Comte Bitencourt (PPS-licenciado), Dr. Deodalto (DEM), Geraldo Moreira (PTN), Lucinha (PSDB), Rafael Picciani (PMDB), Tia Ju (PRB), Zé Luiz Anchite (PP).
* Incluídos os três deputados do PMDB presos: Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi.
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