Picciani e Paulo
Melo, da Alerj, receberam R$ 112 milhões
em propina a pedido
de Sérgio Cabral
Jorge Picciani(centro da imagem), presidente da Assembleia estadual do RJ, detido pela PF nesta terça(14), no Aeroporto Santos Dumont
No JORNAL/GGN
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro afirma que o esquema de corrupção envolvendo o transporte público no Estado garantiu propina não apenas a Sergio Cabral, mas também aos deputados estaduais Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos do PMDB. Eles teriam recebido, a pedido do ex-governador, mais de R$ 112 milhões em cinco anos.
Os dois parlamentares foram alvos da Lava Jato nesta terça (14). ||| Segundo a procuradora Andréa Bayão Pereira Freire, a atual operação é desdobramento da que foi batizada de Ponto Final, que identificou o esquema de corrupção na Fetranspor com o governo do Estado. "Só que, junto com a entrega das planilhas de corrupção do Executivo, essas planilhas também trouxeram a corrupção dos deputados estaduais Paulo Melo e Jorge Picciani”, explicou. ||| “Essas planilhas dizem para nós que, no período de 15 de julho de 2010 a 14 de julho de 2015, foram pagos da conta da Fetranspor para Picciani R$ 58,58 milhões, e para Paulo Melo R$ 54,3 milhões. Desse dinheiro, parte foi paga a mando de Sérgio Cabral”, acrescentou a procuradora. “Havia um projeto de poder de enriquecimento ilícito por muitos integrantes do PMDB Rio", definiu. ||| Para o MPF, havia "um compartilhamento, um proveito criminoso, de Sérgio Cabral com Jorge Picciani e Paulo Melo. Cabral tinha uma conta de propina na Fetranspor, como já está dissecado na Operação Ponto Final, e havia determinações de saída de recursos dessa conta para conta de Paulo Melo e Jorge Picciani." ||| A Procuradoria afirmou ainda que possui documentos levantados ao longo dos últimos 6 meses que provam a "divisão de poder na organização criminosa". ||| O filho de Picciani, Felipe, apontado como operador da 'lavagem' de milhões públicos desviados, através de empresas agropecuárias da família, foi preso nesta terça-feira em Uberlândia(MG). ||| A PGR pediu ao Poder Judiciário a prisão preventiva dos deputados estaduais fluminenses Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertazzi(outro beneficiário do esquema de propinas, prestes a ser nomeado para o Tribunal de Contas do Estado. ||| Nas fotos abaixo, a partir da esquerda, Albertazzi, Paulo Melo e Felipe(filho de Picciani) conduzidos à sede da Polícia federal no Rio de Janeiro.
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