Solte seus monstros no ENEM: escreva que quer torturar, assassinar. O STF liberou geral
Pensa que uma das funções da pedagogia é humanizar, ensinar a conviver, a respeitar, a encarar cada ser humano como essencialmente igual a você? Esqueça. ||| A Ministra Cármem Lúcia acaba de atender o Escola Sem Partido e proibir que se “zerem” redações do Enem que começa neste domingo(5), vilipendiando os direitos humanos, com propostas, entre outras coisas, de “defesa de tortura, mutilação, execução sumária e qualquer forma de “justiça com as próprias mãos”. ||| Os nossos juízes acham que redação é uma mera “técnica”, dissociada do que contém. Como devem achar que Direito é uma técnica, dissociada do que produz para a sociedade e para o indivíduo. E, como é só uma técnica, não há nenhuma importância em que alguém expresse por ela ódio, desumanidade, racismo, sadismo, nazismo. ||| E, se pode na redação do Enem, por que não poderia no Facebook, no Instagram, no Twitter? E por que não pode na rua, no metrô, no ônibus? ||| É inacreditável que essa senhora que preside, do alto de sua pequenez mental, o Supremo Tribunal Federal, tenha esquecido que a principal e saudável função da lei é estabelecer parâmetros mínimos de convívio social e a expressão em textos – a redação – é uma destas formas de relacionamento, porque algo está sendo escrito para ser lido e não se trata de um onanismo gráfico. ||| Se o que se expressa é uma monstruosidade, a ministra colabora para que um monstro, possivelmente à custa do dinheiro da sociedade, sinta-se à vontade para cursar uma universidade para aprimorar sua monstruosidade. ||| O Doutor Menguele bem que poderia dizer que fazia, em suas montruosas 'experiências' nos campos de concentração nazista, era “um procedimento técnico” da Medicina. ||| Vai ser muito curioso o dia em que alguém dessa tal “Escola Sem Partido” for perguntado que nota teria uma redação fazendo a apologia da pedofilia que, agora, para eles, parece ser o maior mal do Brasil e do mundo? ||| Eu poderia usar as idéias que a Dra. Cármem “liberou geral” para me referir a ela e ao Judiciário. Quem sabe eu mereceria um dez pela boa redação?
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