Como ‘Não vai ter golpe!’, se o
governo e o PT
não ajudam?
Edinho Silva, da Secom(esq.) e o 'enigmáico' 'Zé da Justiça' |
Do AMgóes - A Comunicação do Planalto(Secom à
frente) segue, para nossa estupefação, desconforto e súbito desencanto, sob
inaceitável autismo lá institucionalizado, decorrência dos fluidos
conciliatórios projetados historicamente no PT pela majoritária tendência ARTICULAÇÃO,
atual CONSTRUINDO UM NOVO BRASIL. Essa dubiedade adotada pelo gabinete
presidencial desde Lula(afora o hiato da titularidade de Franklin Martins), tem
propiciado de bandeja surreais ganhos políticos à inepta oposição golpista,
explorados à exaustão, 'ad nauseam', pela mídia neonazifascista e reverberados,
ato contínuo, na opinião pública.
Não se trata de 'domínio do fato'
adstrito ao consumo interno do Partido dos Trabalhadores e do próprio governo.
Essa leniente visão 'oficialesca', de viés sadomasoquista, joga contra as
cordas os que militamos nas redes sociais, enfrentando a cotidiana sordidez dos
inimigos da Democracia. A presidenta, ao invés do imprescindível óbvio, não é instada a
convocar amiúde, por prerrogativa que lhe compete, a rede nacional de rádio e
TV, para enunciar didática e politicamente o 'seu lado', escamoteado pela dita
'grande imprensa', sobre o relevante projeto de infraestrutura em curso,
malgrado os deletérios reflexos domésticos da crise econômica planetária.
O silêncio do ministro Edinho Silva é
insuportavelmente ensurdecedor, limitado ao burocratismo de suas insípidas
páginas de notícias governamentais na internet. Não há sequer uma tênue
sinalização de 'contraditório' às diuturnas infâmias assacadas pelos veículos
golpistas, notadamente quanto às rotineiras e acachapantes invectivas, em
primeiro plano, das organizações Globo e Band, Jovem Pan, Veja, Época, IstoÉ,
FolhaSP e Estadão. Nem se cogita acionar, contra os midiáticos farsantes, a ‘Lei
do Direito de Resposta’, recém-sancionada.
A Band e o âncora do golpe
A Rádio Bandeirantes, em ondas média
e curtas, cujo ‘slogan’, meio século atrás, era ‘a mais popular emissora
paulista), foi adquirida pelo visionário caixeiro-viajante, de origem sírio-libanesa,
João Saad, ao sogro Adhemar de Barros, polêmico prefeito da capital e governador
jocosamente rotulado de político que ‘rouba mas faz’, por conta de notórias
improbidades com tramitação judicial. Nosso RB, em suas desataviadas diatribes
contra corruptos e ladrões de todos os matizes, acaso cometeria o destemor ‘cívico’
de uma referência, ‘no ar’, às remotas e
malcheirosas peripécias do ‘vovô’ Adhemar?
De Ibrahim Sued a 'guru' dos Saad
Ricardo Eugênio começou, anos 1970, no
colunismo social(e bajulatório do ‘grand monde’) de Ibrahim
Sued, a quem sucedeu no jornal O Globo e chegou à TV do Jardim Botânico. Foi demitido por inconfidência(em 'grampo' telefônico publicado pela 'Veja') - adversa aos patrões, filhos de Roberto Marinho, supostamente favorável ao empresário Nelson Tanure, do (falido)
Jornal do Brasil.
Há uma década, RB foi contratado como ‘âncora’ do bem sucedido projeto
da BandNewsFM e do ‘Jornal da Band' na TV aberta dos Saad. Com sua ascensão, o
empedernido Boris Casoy(ex-Folha/SP e SBT, aquele do bordão ‘É uma vergonha!’,
citado na revista O Cruzeiro como integrante do CCC-Comando de Caça aos Comunistas, nos tempos da ditadura), foi sutilmente defenestrado para um telejornal da madrugada.
Reconheçamos:
Boechat se superou, construindo a figura
do esfuziante ‘comunicador-família’, ‘paizão’ de seis filhos, na badalada parceria com a atual consorte, sua ‘doce Veruska’. Detalhe
edificante e comovente, suscitando, com certeza, a simpatia do senso comum.
Absorvida pelas
premências cotidianas, a plebe ‘ignara’, alheia a maiores reflexões sobre os sinuosos meandros da política, ‘adooora’
esses modernos ‘defensores da moral e dos bons costumes’(com os quais de pronto se identifica), cuja recorrente
bandeira ‘anticorrupção’ - resguardada, claro, a dos promíscuos interesses de suas corporações - é desfraldada para escamotear a luta contra a permissiva desigualdade social
que solapa desde sempre elementares direitos de cidadania.
O ‘day after’ do fracasso pró-golpe
Com efeito, as emissoras de rádio e
TV, sob tácita e contumaz desídia oficial(de todos os governos, potenciais prevaricadores),
foram transformadas(neologismo do jornalista Paulo Henrique Amorim), em porta-vozes do ‘PiG-Partido da Imprensa
Golpista’. E tocam o barco, livres e fagueiras, conspirando contra o Estado de Direito.
E, por cá, como ficamos?
Exceto pontuais contatos que nos
foram proporcionados na última década pela presidência da República em
Brasília, a blogosfera progressista, conquanto acompanhada por milhões na rede
de comunicação virtual, é, na prática, solenemente esnobada pelo Executivo Federal,
que segue priorizando seus notórios desafetos, sob polpudas 'carícias'
publicitárias oficiais. Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: daremos
curso, resignados até a alma e coerentes com nossos princípios, ao ‘NÃO VAI TER
GOLPE!’ e ‘DITADURA NUNCA MAIS’ ???
Nenhum comentário:
Postar um comentário