domingo, 27 de dezembro de 2015

O elo entre a Lista de Furnas
e  o  mensalão  tucano          

Joaquim de Carvalho                    

O diretor de Engenharia, Planejamento e Construção de Furnas, Dimas Toledo, que a lista revela como o mentor do esquema de corrupção
O diretor de Engenharia, Planejamento e Construção de Furnas, Dimas Toledo, que a lista revela como o mentor do esquema de corrupção
No ano de 2001, ao emergir do subterrâneo da política, Nilton Antônio Monteiro entregou ao Ministério Público e a um deputado do Espírito Santo documentos que revelavam o envolvimento da mineradora Samarco no pagamento de propina a autoridades do estado, à época governado pelo tucano José Ignácio Ferreira. Alguns meses depois, alguns políticos estavam presos e secretários foram demitidos. >>> Em 2005, Nilton Monteiro entregou a políticos do PT e à Polícia Federal recibos de depósitos, procurações e uma lista com nomes de políticos mineiros que receberam em 1998 dinheiro desviado do governo de Eduardo Azeredo através do publicitário Marcos Valério, no esquema que ficou conhecido como Mensalão de Minas Gerais. >>> Demorou dez anos para sair a primeira condenação no caso do Mensalão de Minas Gerais. O ex-governador Eduardo Azeredo foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão. Foi uma decisão de primeira instância, ainda sujeita a recursos, mas na sentença chama a atenção o número de vezes em que Nilton Monteiro é citado: 66 vezes, numa sentença que tem 125 páginas. >>> Nilton Monteiro é também o autor da denúncia da Lista de Furnas e a pergunta que sobressai da leitura do texto que condena Azeredo é: se Nilton Monteiro acertou quando denunciou o esquema de propina no Espírito Santo e teve suas revelações confirmadas pela sentença do Mensalão de Minas Gerais, por que a Procuradoria Geral da República ainda não investigou os políticos que integram a Lista de Furnas? 

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