segunda-feira, 18 de junho de 2018


Na real, em Copa do Mundo, só somos ‘bi’


A mentira do 'tri' na Copa do México(1970) foi 'oficializada pela Ditadura, combinada com os marqueteiros das Organizações Globo nos 'anos de chumbo', sob a farsa do 'milagre brasileiro' de Delfim Neto...
Resultado de imagem para Foto da seleção brasileira do 'tri'
Acima, a seleção do suposto 'tri' na Copa do México(1970).   Campeão em 1958(Suécia) e  'bi em 1962(Chile), o  Brasil foi eliminado  na 1ª fase do Mundial em 1966, na Inglaterra, interrompendo a sequência do 'tri'.


AMgóes  >>>  Vou à Morfologia que, com a Sintaxe e a Fonologia, integra a estrutura gramatical de nosso idioma(bem assim dos demais), para reiterar aos quatro ventos o fato concreto da falácia que o 'respeitável público', por ignorância ou descaso, adotou como 'verdade bíblica', sob massiva indução midiática em 1970, relativamente ao celebrado 'tricampeonato' de nossa seleção na Copa de futebol realizada no México. 

Vivíamos por aqui sob o falacioso 'milagre brasileiro' do então ministro da Fazenda Delfim Neto, em pleno 'governo' Médici, no auge dos 'anos de chumbo' da ditadura civil-militar.  A marchinha laudatória 'Pra frente, Brasil'(letra e música de Miguel Gustavo- - gravadora Copacabana, com orquestra e coro do maestro Guerra Peixe) foi executada à exaustão país afora, primeiríssima no 'hit parade' das emissoras de rádio e televisão.

Impuseram-nos a égide sanguinolenta do 'Brasil! Ame-o ou deixe-o!', à luz do famigerado AI-5 produzido pelo surreal 'golpe sobre o golpe de 1964' que sucedeu o período sabidamente corrupto(como os que o sucederam, embora negados) do segundo general no Planalto, Artur da Costa e Silva, em plena 'temporada de caça' aos contraditores do regime autoritário. Pela primeira vez, a Copa do Mundo chegava 'ao vivo' pela TV, ainda em preto-e-branco(a recepção de imagens coloridas só ocorreria em  fevereiro/1972, via sistema 'Pal-M',com a transmissão da 'Festa da Uva', em Caxias do Sul/RS).

Havíamos conquistado sequencialmente duas Copas(1958 e 1962), interrompendo a rota consecutiva do terceiro título com a eliminação precoce de 1966, na fase de grupos do Mundial da Inglaterra. Foi quando os 'acadêmicos' golpistas massificaram a história mentirosa de que seríamos 'tri' no México, afinal garantido por Pelé, Tostão, Gerson, Jairzinho, Carlos Alberto & cia, sob o comando de Zagalo.


Daí em diante, ficou valendo a lógica fraudulenta da ditadura. Perdemos consecutivamente as Copas de 1974 a 1990, chegando à farsa do 'hexa' em 1994. Derrotados na final de 1998, vencemos a impostura do 'penta' em 2002. Após o jejum em três torneios(inclusive com a 'tragédia' carimbada pelos 7 a 1 da Alemanha, dentro de casa,  em 2014), eis-nos mais uma vez às voltas com o 'hexa', transformado em psicose nacional.

O mais patético é a generalizada indigência vernacular que sacraliza um blefe a cada ano de Copa do Mundo. Como estamos, todavia, em tempo de 'convicções' e de contrapontos que 'não vêm ao caso', nada mais 'pertinente'(malgrado a estreia marota deste domingo, na Rússia) que a repetição de um embuste idiomático, na contramão do notório favoritismo,  entre os melhores,  à conquista do disputadíssimo troféu do futebol planetário.

Desculpe-me pela obcecada insistência: não fomos 'tri', nem 'tetra' ou 'penta' e, se acaso chegarmos  a pôr a mão no troféu neste 2018, jamais teremos sido 'hexa', com o incômodo de o festejarmos com uma 'desmoralizada' blusa  de frisos verdes e fundo amarelo, indumentária dos que, há pouco nas ruas, reivindicaram o golpe parlamentar-judicial-midiático em curso, do qual, precocemente frustrados, 'eles' e 'elas' mesmos nada têm a comemorar.

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