O Brasil na Copa da Rússia e o
'fator
Neymar'
AMgóes >>> Nas
esquinas, nos bares, restaurantes, nos ambientes escolares de todos os níveis,
pontos de ônibus, estações do metrô e da Supervia, nas barcas, nas barraquinhas
de ‘filé-miau’, independentemente da crise que nos cerca, gerando
desemprego e fazendo crescer a violência urbana, com intervenção militar no Rio e tudo mais que a
deprecia aos olhos da população, o prato destes dias é Neymar. ||| De
saída, a pergunta que não quer calar:
por que Neymar, em vez de atender, com seu notório e exuberante talento,
às expectativas da galera acotovelada em frente a telinhas e telões de TV,
vem-se configurando como potencial problemão em meio às alardeadas alternativas
táticas do treinador Tite(que, aliás, ainda não saíram do papel)? ||| A
seleção do ‘Neymar mais dez’ é uma deletéria construção midiática, Rede
Globo(sempre ela) à frente, empurrada goela abaixo da eternamente apaixonada
torcida vestida em verde-amarelo, indumentária que serviu de ‘manto’, não
esqueçamos, às multidões
reivindicadoras, três anos atrás, do
golpe responsável pelo Brasil do atraso ora em curso, inclusive com apoio do
próprio namorado da Bruna Marquezine, a pérfida ‘princesa Catarina’ da
telenovela das sete, ‘Deus Salve o Rei’,
na emissora platinada do Jardim Botânico. ||| Ninguém
discute o desconcertante talento de Neymar na quatro linhas, em tantos lances
decisivos nas grandes áreas de seus adversários, aqui e lá fora, desde que
aflorou na ‘fábrica de craques’ da Vila Belmiro, nascedouro do Rei Pelé. Que o
diga o hoje aposentado e ex-correto zagueiro Ronaldo Angelim, do Flamengo, uma
das tantas ‘vítimas’ das diabruras do então recém-nascido ‘prodígio’ santista. ||| Todavia,
a precoce genialidade de Neymar, serviu, como é de conhecimento público, ao
expediente de trapaças fiscais de seu procurador, Neymar ‘pai’, na mal falada
transferência do ‘juninho’ para o Barcelona em 2013, cujas sequelas delituosas
ainda se arrastam nos bastidores das receitas federais do Brasil e da Espanha,
com pesadas sanções criminais em pespectiva, oportuno lembrar. ||| Neymar-pai
e a evangélica Nadine geraram um bebê predestinado a se transformar numa ‘indústria’
de centenas de milhões’ de euros contabilizados na fábula patrimonial da
modesta família que saiu da extrema pobreza(que em outra realidade faria jus,
com inteira justiça, ao ‘Bolsa-Família’) para as delícias de uma vida opulenta
na Catalunha e em Paris. ||| Neymar
Júnior foi moldado, desde a descoberta de seus predicados de futebolista
‘extra-série’, na direção do sucesso como previsível ‘melhor do mundo’, ainda
que a braços com a longeva e disputada supremacia de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi ainda em curso. Nos contratos com o
Santos Futebol Clube, por compreensíveis e óbvias razões, Neymar-pai construiu o aprendizado de como se
dar bem na vida por conta de sua cria, mas foi além, ao enveredar pelo submundo
da sonegação, tão ao gosto de nossas maiores fortunas brasileiras
criminosamente homiziadas em paraísos fiscais. Suas ações serviram de
pretexto à prisão do ex-presidente do
‘Barça’, condenado pela Justiça espanhola. Por aqui, idêntico e grave
contencioso repousa, ao que se sabe, no
‘berço esplêndido’ de nossa Receita Federal. ||| Pois
bem: essa nossa digressão desemboca no paparicado Neymar dos tempos atuais,
contratado por cifras estratosféricas, garantidas pelos petrodólares do xeique
árabe, proprietário do Paris Saint-Germain. Conferiram-lhe o direito à
intolerante ‘intocabilidade’ desde que chegou a Saint-Germain-des-près, nos
arredores da ‘cidade-luz’, posto em prática ao exigir prioridade na cobrança de
pênaltis, até então transformados em gols, em consecutivas temporadas, pela competência do uruguaio Cavani. Em linha de conflito com vários
companheiros(agora desafetos) no clube francês, Neymar Júnior, concomitante com
belas atuações, no campeonato nacional e na Liga dos Campeões, transfigurou-se em personagem irritadiço,
prepotente, tido a ‘rei da cocada preta’, como se seus pares e o mundo do
futebol fossem obrigados a se prostar, submissos, a seus pés. ||| O
culturalmente deslustrado Neymar Júnior, às voltas com a miríade financeira de
sua abarrotada conta bancária, de deixar no chineloo, por coincidência, o
também intolerante e ‘quaquilionário’ Tio Patinhas, foi instado a pensar que
‘pode tudo’ e a galáxia é o supremo e pertinente patamar de sua carreira como
jogador de futebol profissional. ||| Como Ronaldo dito ‘fenômeno’ e Ayrton Senna, transformados em heróis pelo
ideário de negócios, a maioria nebulosos, da Rede Globo de televisão, Neymar
Júnior é a ‘bola da vez’, idolatrado por sabujos comunicadores, à frente o
mal-falado Galvão Bueno. Ele é outra peça desse tabuleiro de ‘celebridades’
que, nas negociatas com a CBF e a Fifa, têm garantido estranha exclusividade à
Globo nos direitos de transmissão da
Copa do Mundo, conquanto nesta Copa divididos com a norte-americana Fox Sports,
diante da crise que assola o país. ||| Junte-se
a estas nossas considerações, a inconsistência das ‘alternativas táticas’ no
esquema de jogo de nossa seleção, exaustivamente enunciadas ao longo de
enfadonhas e professorais entrevistas do treinador Tite, desde as eliminatórias
disputadas com adversários de sofrível qualidade técnica até escoar na dureza
da competição de ‘tiro curto’ da Copa do
Mundo. ||| O
desempenho de nosso escrete, nos dois primeiros jogos na Rússia, evidenciou a
fragilidade tática do ‘samba-de-uma-nota-só’, na contramão de um elenco
sabidamente de prim eira água, com algumas e raras exceções execradas, com
alguma razão, no crivo contundente da
crônica esportiva e da própria torcida(perceptível a cada convocação no
histórico de nossa participação nos Mundiais). ||| A
notícia de que Tite estaria nos planos do Real Madrid, convenhamos, foi
‘plantada’ pela Rede Globo e seus comparsas midiáticos. Embora repudiada
formalmente pelo treinador, dizendo-se ‘revoltado’ com a ‘mentira’ que visava a
desviar seu foco integral na seleção, a ‘fakenews’ tinha por objetivo, nada
dissimulado, elevá-lo à constelação de premiados colegas de profissão no
mercado europeu. ||| Enfim, por mais que torçamos pelo sucesso
do Brasil na Copa da Rússia, somos forçados a duvidar da festejada
‘genialidade’ de Neymar Júnior como fator decisivo rumo à finalíssima do
torneio, dia 15 de julho, no Estádio Luznik de Moscou, face a seu continuado
descontrole emocional e à psicótica pretensão a ‘melhor do mundo’, crendo-se intocável diante de fortuitos adversários destinados a lhe estender, caudatários, um tapete vermelho. ||| Ainda
estamos na fase de grupos e, para atender aos desejos de Neymar Júnior,
idealizados num dia por Neymar-pai, urge combinar com os jogadores da Sérvia,
adversários brasileiros nesta quarta-feira-27, notabilizados por sua força
física aliada a um apurado condicionamento técnico-tático, que, certamente, não darão
moleza ao nosso iracionado craque, para quem a seleção brasileira é ‘ele’ e
‘mais dez’.
Nenhum comentário:
Postar um comentário