quarta-feira, 8 de abril de 2020


A receita  do  ‘dotô Bozonazi’ 

transforma o Brasil em cobaia

para experimento macabro


FERNANDO BRITO, NO TIJOLAÇO


Aconteceu o impensável, mas não o imprevisível.  Jair Bolsonaro apareceu em rede nacional de televisão “prescrevendo” o remédio milagroso contra o coronavírus, aquele que o mundo inteiro não se atreveu a suar.   >>>   É o presidente quem medica, não os cientistas e os médicos.   Danem-se os protocolos científicos, os estudos científicos, os ensaios clínicos.  Se o governante do país prescreve e o ministro da Saúde se cala, dizendo que “é o Conselho Federal de Medicina quem decide”, sem ter coragem nem meios para decidir, porque um médico de trinta e poucos anos vai decidir?  >>>   Tem uma recomendação oficial, nem mesmo contestada, porque não haveria de dar hidroxicloroquina ao paciente que, desesperado, pede algo que possa lhe aliviar a angústia respiratória?  Pode um passe de umbanda? Pode! Pode uma vela e um copo d’água? Pode! Pode uma oração? Pode!   Tudo isso pode, mas não é medicina.   >>>   O Sistema Único de Saúde, a partir de hoje, tende a tornar seus pacientes cobaias de um grande ensaio clínico de medicamentos que envolvem milhões de dólares e centenas de milhares de vidas.   >>>   Seremos uma vasta fauna à disposição de um experimento mortal, conduzido pelo Presidente da República.   Teremos sorte se o cenário à frente for o da Itália, com comboios de caminhões militares a carregarem corpos, como vimos dias atrás.


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