sexta-feira, 17 de abril de 2020


Interventor privatista da Saúde é frio e calculista

Nelson  Teich descarta os 'velhos' porque os 'novos' são mais úteis à economia

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO


A primeira fala do interventor nomeado para o Ministério da Saúde é mais reveladora pelo que ele não disse do que pelo que ele disse.   Afora o fato de não ser factível, de imediato, o que ele propõe como estratégia para o enfrentamento do coronavírus – a testagem maciça da população, algo para o que não existem meios, há mais, dramaticamente mais.   >>>   Nélson Teich simplesmente “pulou” a situação na fronteira do desesperador em que se encontram diversas metrópoles brasileiras, sobretudo Manaus, onde vídeos(AQUI) já mostram,  cenas equatorianas de corpos se acumulando nos hospitais.   >>>   No Rio, em São Paulo e no Ceará, a capacidade se esgota em grau terminal.  Isso não lhe mereceu uma palavra.   Como não lhe mereceram uma palavra sequer os milhares de médicos, enfermeiros e auxiliares que estão enfrentando, com o risco de suas vidas e as de suas famílias, a linha de frente da luta contra a epidemia.   >>>   Igualmente omissos ficaram o SUS, as equipes do Ministério e e o próprio ex-ministro Luiz Mandetta, para os quais Teich só deu o silêncio.  Vê-se na internet como o novo chefe da pasta da Saúde encara a morte: economicamente, morra o velho(AQUI) e salve o novo, porque o novo, certamente, mais contribuirá para a economia.   >>>   Homens frios e calculistas jamais serão bons gestores na crise.   Não há heróis sem paixão.   O dr. Teich, até agora, só mostrou tê-la pelo poder, aceitando o chamado do Anjo da Morte tupiniquim para ser o operador de uma máquina de mortes, que em certos lugares, na Alemanha, tinha, sobre os umbrais do inferno nazista, o Arbeit Match Frei, o trabalho liberta.   >>>   Como dito em seu pronunciamento, 'emprego' é o mesmo que 'vida' e se alguém não puder exercê-lo,então que(se exploda)…

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