Em países mais avançados, Cloroquina só para casos extremos , por conta de seus perigosos efeitos colaterais
'Dotô Bozonazi', marqueteiro insano da Cloroquina
A cloroquina, ao contrário da jabuticaba, não existe só no Brasil. O mundo inteiro a conhece e usa em outras doenças, com muito cuidado, porque seus efeitos colaterais são sérios e perigosos. E por que, num universo de 210 países atingidos pelo novo coronavírus, as pessoas seguem morrendo como moscas? >>> Certamente, entre os quase 1,7 milhão de infectados pelo coronavírus centenas de milhares deles foram medicados com cloroquina, simplesmente porque esta – ao lado de outras – é uma das possibilidades terapêuticas. Desde que cuidadosa, acompanhado pelo médico e com o paciente em condições de observação e ação imediata no caso de problemas na sua administração. >>> Mas com grandes reservas, como as expressas no conceituadíssimo British Medical Journal, de Londres, onde se diz que o uso da cloriquina e de seu derivado, a hidroxicloriquina, “é prematuro e potencialmente prejudicial”. >>> Ao menos um caso, hoje, aparenta ter como causa da morte (por arritmia cardíaca severa) efeitos colaterais da medicação. Invalida o uso em casos extremos? Não. Recomenda cautela? Sim. >>> Nada justifica o presidente da República aparecer numa live com uma caixa do remédio – que não pode ser vendido sem receita retida – como um garoto-propaganda da droga. Transformou o que deveria ser pesquisa médica em alavanca política, em fanatismo e, sobretudo, numa promessa de cura que explica a sua obsessão em levantar a quarentena que, até agora, tem provado ser a profilaxia, muito mais que a terapêutica, a ferramenta mais adequada a evitar que a tragédia se amplie. >>> Nos Estados Unidos, onde as pesquisas (e a contaminação) seguem mais avançadas, um estudo(AQUI) dos departamentos de Segurança Interna e Saúde e Serviços Humanos do governo central, estimam que levantar a quarentena depois de 30 dias fará com que as mortes no país cheguem a 200 mil. >>> Aqui estamos assistindo à palhaçada mortal de um homem que não tem o menor senso de equilíbrio para presidir a Nação, muito mais numa hora de tamanha gravidade. Por conta disso, as ruas estão se enchendo outra vez e ele alega o 'direito de ir e vir' como fundamento de sua insânia. >>> Sim, sr. Bolsonaro, você tem o direito de ir aonde quiser, mas cuidado com o lugar para onde o povo brasileiro quer mandá-lo...
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