Os hediondos
e covardes
teóricos
do gerontocídio
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
A Folha de S. Paulo, usando os dados do Ministério da Saúde, publica que, dada a prevalência entre os mortos, na maioria idosos por coronavírus ser de cardiopatas, hipertensos e diabéticos, sugere que os “especialistas” usarão estes dados para moldar as ordens restritivas de isolamento social. >>> Teme-se – e não sem razão – que isso seja a “deixa” para o tão sonhado “isolamento vertical” desejado pelos bolsonaristas: isolar os velhos, à espera da loteria da morte. >>> Eles são improdutivos, previdenciários, causadores do déficit do INSS e, afinal, nem pouco úteis à máquina do “dinheiro acima de tudo”. Aliás, o que já se adotou na reforma previdenciária. >>> Será que vamos adotar o método mental de Jair Bolsonaro, que diz que o problema da Itália é como o de Copacabana, “está cheia de velhinhos”? >>> Não assisti nada mais parecido ao nazismo. Nada mais próximo de tornar os hospitais e as UTI uma espécie de forno crematório viral. >>> Os bolsonaristas, empresários da aventura, dizem que “vamos isolar os nossos idosos”. Como se fosse possível separar ou eliminar o contato com os velhos ou se gente não idosa não fosse morrer pela falta de estruturas onde sejam cuidado. >>> Razões pseudocientíficas sempre sustentaram os genocídios. É a fatalidade ou a necessidade, como numa Esparta do dinheiro. Não são, apesar disso, razão que se levante em qualquer lugar do mundo, porque é, sem disfarces, nazista. >>> Não há possibilidade de que a comunidade médica e científica vá assumi-la . Muito menos nossos filhos e netos o farão. As sociedades poderosas, desde Roma, ou antes, somam a energia dos jovens à experiência dos velhos. >>> Não somos monstros como os que nos (des)governam.
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