domingo, 5 de abril de 2020


Os hediondos e covardes

teóricos do gerontocídio


FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

A Folha de S. Paulo, usando os dados do Ministério da Saúde, publica que, dada a prevalência entre os mortos, na maioria idosos por coronavírus ser de cardiopatas, hipertensos e diabéticos, sugere que os “especialistas” usarão estes dados para moldar as ordens restritivas de isolamento social.   >>>   Teme-se – e não sem razão – que isso seja a “deixa” para o tão sonhado “isolamento vertical” desejado pelos bolsonaristas: isolar os velhos, à espera da loteria da morte.   >>>   Eles são improdutivos, previdenciários, causadores do déficit do INSS e, afinal, nem pouco úteis à máquina do “dinheiro acima de tudo”.   Aliás, o que já se adotou na reforma previdenciária.   >>>   Será que vamos adotar o método mental de Jair Bolsonaro, que diz que o problema da Itália é como o de Copacabana, “está cheia de velhinhos”?   >>>   Não assisti nada mais parecido ao nazismo.   Nada mais próximo de tornar os hospitais e as UTI uma espécie de forno crematório viral.   >>>   Os bolsonaristas, empresários da aventura, dizem que “vamos isolar os nossos idosos”.  Como se fosse possível separar ou eliminar o contato com os velhos ou se gente não idosa não fosse morrer pela falta de estruturas onde sejam cuidado.   >>>   Razões pseudocientíficas sempre sustentaram os genocídios. É a fatalidade ou a necessidade, como numa Esparta do dinheiro.   Não são, apesar disso, razão que se levante em qualquer lugar do mundo, porque é, sem disfarces, nazista.   >>>   Não há possibilidade de que a comunidade médica e científica vá assumi-la .   Muito menos nossos filhos e netos o farão.   As sociedades poderosas, desde Roma, ou antes, somam a energia dos jovens à experiência dos velhos.  >>>   Não somos monstros como os que nos (des)governam.

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