sábado, 25 de abril de 2020


Os  rumores  sobre  a  ‘morte’  de Bolsonaro ainda são precipitados
LEONARDO ATTUCH, no BRASIL/247
A primeira coisa que me ocorreu foi: se você fosse um headhunter contrataria alguém que grava os e-mails do chefe para usar como prova e depois sai correndo para vazar parar o Bonner? (Cuidado, Doria, Witzel, Mourão... qualquer um que seja o contratante).   >>>   A segunda coisa que salta aos olhos é o diálogo com a (deputada) Zambelli, em que ele diz que “não está à venda”, ao receber a proposta de aceitar um novo diretor da PF em troca da indicação para o STF. Sob medida para a construção do super-herói.   >>>   Minha percepção é: ao apostar que o governo Bolsonaro será marcado por depressão econômica e a catástrofe do covid-19, Moro fez um cálculo político e decidiu antecipar sua campanha presidencial de 2022, com apoio de uma Globo duramente atingida pela crise.  >>> Bolsonaro percebeu a jogada e no seu pronunciamento desta sexta-feira pintou Moro como um político egoísta e ambicioso. Disse até que, se ele queria ser presidente, deveria ter sido candidato em 2018. Colou em Moro a pecha de concorrente e traidor.  >>> O caminho natural para Moro é  filiar-se ao Podemos, de Álvaro Dias. Entrar no PSDB seria muito bandeiroso. E Bolsonaro, que ainda tem Record, SBT e talvez CNN, voltará a fazer lives nos próximos dias como se nada tivesse acontecido. >>>  Com a pandemia, ele também terá a oportunidade de se livrar de Paulo Guedes e relançar o PAC, rebatizado como Pró-Brasil. A um só tempo, abandona o fracasso neoliberal e vira tocador de obras. Portanto, os rumores sobre sua 'morte' são precipitados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário