domingo, 22 de maio de 2016

Folha: Temer piorou contas para "o que vier ser lucro". É o bode na sala. Os tigres chegam já...

bodetigre
Gustavo Patú, na Folha de S. Paulo, confirma o que ontem já se apontava aqui: Michel Temer e sua equipe econômica, ao anunciarem o “rombo” fiscal de 2016, superestimaram os valores até onde podiam, com finalidades políticas.
Da confusa entrevista em que a nova equipe econômica apresentou suas projeções para o Orçamento federal, conclui-se que o governo Michel Temer optou por não deixar nenhuma digital nos resultados fiscais deste ano.
As estimativas para receitas e despesas são as piores à disposição.
Ao mesmo tempo, não há nenhum compromisso formal, que possa ser cobrado futuramente, com a melhora da arrecadação ou com redução de gastos.”
A redução das previsões de receita refletem qualquer expectativa de reação da economia. Era ruim, segue ruim.
Mas a previsão das despesas foi feita de forma a mostrar um descalabro de gastos que, afinal, não existiram e não existirão.
(…)difícil de explicar é o aumento espantoso de ao menos R$ 66 bilhões nas despesas programadas para o ano, incluindo a liberação de R$ 21,2 bilhões que haviam sido bloqueados provisoriamente pela gestão anterior.
O governo não apenas recalculou para cima gastos obrigatórios -salários, aposentadorias e benefícios sociais, por exemplo- como decidiu elevar desembolsos sobre os quais tem poder de decisão -casos de custeio e obras de infraestrutura.
Nada isso vai acontecer. Está ali apenas para dizer que o cenário é “muito pior” do que o Governo Dilma admitia.
Faça as contas e veja que, sem estes 66 bilhões, o déficit se mantém na casa dos R$ 100 bi já previstos.
Foi a estréia de Henrique Meireles e sua equipe no campo da “contabilidade criativa” que tanto usaram contra o Governo: fabricar contas de jeito a que sirvam a propósitos políticos.
E o propósito político está claro: chantagear a sociedade e devorar seus direitos.
Vamos ter de tirar algo de você  para que você ainda continue tendo alguma coisa”, do contrário quebraremos.
Mentira.
Ao final do ano, vocês verão, teremos pago de juros, encargos e rolagem da dívida mais do que toda a despesa de pessoal, custeio e investimentos do Governo Federal.
Poucos, como  Patú, não se deixaram engambelar por esta história.
A maioria é cúmplice, por tolice ou ódio ideológico, de uma manobra que, afinal, decide para quem irá ou não o dinheiro público.
Vai para os tigres.

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