247 - Apontado como um dos operadores
financeiros do PMDB no Senado, o filho caçula
de Sergio Machado, ex-presidente da TRANSPETRO, Expedito Machado,
seguiu os passos do pai e também firmou um acordo de
delação premiada com a Justiça no âmbito da Operação Lava Jato. 'Did', apelido dele, é responsável por um fundo de
investimento em Londres e teve sua delação homologada pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.
A delação premiada de 'Did' pode ser tão devastadora como a do pai, cujos áudios gravados por ele junto a membros do PMDB e da cúpula do governo do presidente Interino Michel Temer levaram à queda de dois ministros em apenas 19 dias de gestão. Enquanto Sérgio Machado mostrou as ligações da cúpula do PMDB em tirar a presidente afastada Dilma Rousseff do poder e em frear as investigações da Lava Jato, Expedito teria mostrado o caminho percorrido pelo dinheiro desviado de obras e contratos da Transpetro.
O acordo de delação premiada de Sérgio Machado e Expedito teriam sido firmados após os investigadores terem rastreado operações financeiras ligadas ao grupo que acabaram chegando ao fundo de investimento controlado por 'Did'.
O acordo prevê, ainda, a devolução dos recursos originários do esquema e que foram investidos no fundo controlado por Did. O valor total a ser repatriado, porém, ainda não foi devidamente quantificado, mas investigadores já adiantaram que os valores envolvidos são "surpreendentes".
As informações prestadas por Expedito são avaliadas como mais comprometedoras que os áudios gravados por seu pai e envolvem ainda mais o senador e ministro Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Na semana passada, Jucá deixou Ministério do Planejamento após as gravações mostrarem que ele defendeu o impeachment da presidente Dilma como uma forma de "estancar a sangria" decorrente da Operação Lava Jato.
Nessa segunda-feira (30), foi a vez do ministro da 'Transparência', Fabiano Silveira, entregar o cargo após ao áudios o mostrarem ele criticando a Lava Jato e orientando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também é investigado, sobre como se defender junto à Procuradoria Geral da República.
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