Frente Povo Sem Medo
apoia o plebiscito
para
derrotar o golpe
Roberto Parizotti/CUT |
Integrantes da Frente Povo Sem Medo confirmaram nessa terça-feira (28) a posição oficial do movimento de apoiar a proposta do plebiscito popular para decidir sobre novas eleições presidenciais no país. Até esta quarta-feira (29) será divulgada nota esclarecendo as razões que levaram a entidade a tomar a decisão. Entre elas, está a de que o plebiscito se apresenta como alternativa para derrotar o golpe do governo provisório de Michel Temer.
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) vê no plebiscito, que possibilita ao povo decidir, o caminho para derrotar o golpe em curso e construir uma nova alternativa política.
"Não acreditamos que com Temer a classe trabalhadora ganhe. Isso fica comprovado dia após dia de sua gestão interina, que ataca cada direito duramente conquistado”, explicou. A CTB é uma das entidades que integra a Frente Povo Sem Medo.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, informou que, durante o debate, que ocorre há pelo menos um mês, as entidades quem compõem a frente concluiram que a alternativa para a crise política também deve ser política.
“E se a democracia está fragilizada é preciso devolver ao povo o direito de decidir sobre os rumos do país. Essa é uma bandeira que também dialoga com as ruas e com o povo brasileiro. E é capaz de mobilizar em torno dessa saída democrática”, argumentou.
A dirigente estudantil esclareceu que a UNE, enquanto entidade, ainda não tem posição sobre o o plebiscito. A decisão será tomada no dia 15 de julho, quando acontecerá uma reunião do Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG) para debater o tema.
Josué Rocha, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), lembrou que diversos movimentos defendiam a proposta do plebiscito mas que a Frente julgava importante esgotar o debate, amadurecer a ideia para que se estabelecesse um consenso.
“Na verdade o mote é que o povo deve decidir e aí, dentro dessa lógica, trabalhar com o plebiscito”, destacou. Ele lembrou ainda que o plebiscito se apresentou como uma alternativa concreta em um momento em que o movimento que denuncia o golpe necessitava de “uma proposição para agregar diversos setores”.
CTB, Central Única dos Trabalhadores (CUT), MTST e UNE fazem parte das cerca de 30 entidades nacionais que integram a Frente Povo Sem Medo, que começa a preparar novos atos em defesa do plebiscito.
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