Golpismo neoliberal de
Temer já incomoda os militares
QUARTEIS
EM POLVOROSA COM O GOVERNO TEMER REPUDIADO NAS RUAS COMO GOLPISTA - Aumentam extraordinariamente as preocupações dos comandantes militares
brasileiros, do Exército(general Eduardo Villas Boas), da Marinha(Eduardo Leal
Ferreira) e Aeronáutica(Nivaldo Rossalto) com a estratégia econômica neoliberal
comandada pelos banqueiros, na Fazenda(Meirelles) e no Banco Central(homem do
Itaú), que aumenta a instabilidade política e social, indo na linha oposta que
o projeto militar desenvolve como defesa nacional, compreendendo fortalecimento
da educação, da saúde, do meio ambiente, do emprego, como reais fatores capazes
de produzir a segurança nacional e a consciência cívico militar em favor de
desenvolvimento nacionalista. O projeto neoliberal de Temer, apoiado por forças
antinacionais golpistas, é o oposto de tudo isso e coloca a segurança nacional
em risco.
A austeridade fiscal que destrói políticas sociais representa
aumento da insegurança social e política nacional
O
grande gargalho do governo Temer, se ele continuar, o que é uma incógnita, é
sua relação com as forças armadas.
O
motivo é simples.
A
taxa de insegurança social aumenta com o neoliberalismo econômico temerista e
lança dúvidas sobre a estabilidade política.
Os
militares desenvolveram, ao longo dos últimos treze anos de Era Petista,
nacionalista, outro conceito de segurança social, que não se compatibiliza
com a política neoliberal.
Trata-se
de perceber a segurança como produto do desenvolvimento econômico equilibrado,
em que sejam constantes e seguros investimentos em educação, saúde, meio
ambiente, emprego, fortalecimento do mercado interno, como produto de opção
desenvolvimentista, nacionalista.
Isto
está claro no Programa Nacional de Defesa(2005), na Estratégia de Defesa
Nacional(2007) e na Doutrina Militar de Defesa Nacional(2008), aprovados no
Congresso Nacional e constantes, desde então, no ordenamento jurídico
brasileiro.
Essa
nova concepção de segurança se baseia nos estudos desenvolvidos pela Escola de
Copenhague, por meio da qual novos conceitos de desenvolvimento foram
formulados pelos europeus, no pós guerra fria.
Por
meio dela, combina-se segurança nacional com desenvolvimento econômico em que a
sociedade tenha diante de si ofertadas educação, saúde, emprego, renda, consumo
adequados às suas exigências de dignidade humana e social.
Ou
seja, os militares, com seus três projetos, aprovados nos governos Lula e
Dilma, não entendem mais a segurança pública e nacional como produto de
prioridade conferida à força policial.
Muito
pelo contrário.
A
força policial, em si, é vista como produto da insegurança social, da
insuficiência dos fatores econômicos e políticos capazes de atender demandas
comunitárias.
A
segurança social, nesse sentido, representaria integração cívico-militar em
favor de projeto nacional desenvolvimentista, a partir da industrialização
focada na indústria de defesa, visando, sobretudo, o território nacional, em especial,
a Amazônia, fonte de cobiça internacional.
No
desenvolvimento desta, desenrola-se processo tecnológico e científico apoiado
na cibernética, na produção nuclear e atômica, especialmente, nos submarinos de
defesa.
O
foco na indústria de defesa nacional – e continental, sul-americana, dado
que, para os militares, a América do Sul é extensão do território nacional a
ser preservado pela integração econômica do continente – é a prioridade,
entendida ela como alavanca do desenvolvimento científico e tecnológico a
espraiar-se pelo restante das atividades produtivas.
Assim,
haveria expansão da indústria nacional de patentes, desenvolvimento
da inteligência, que requer, por sua vez, prioridade à educação e à saúde, a
reclamarem grandes investimentos, isto é, algo que se interage para
formação de consciência cívico-militar, como destacou o comandante do Exército,
general Eduardo Villas Boas, no Dia do Exército, 19 de maio, em palestra aos
estudantes do CEUB.
Os
projetos de segurança nacional são, ao mesmo tempo, âncoras do desenvolvimento
com viés, amplamente, nacionalista, visto que sua prioridade é o fortalecimento
de uma geopolítica brasileira que confere ao Brasil posição independente no
mundo globalizado.
Certamente,
os Estados Unidos são os principais adversários dessa geopolítica nacionalista
que o Congresso aprovou, razão pela qual os militares são profundamente gratos
aos governos petistas e, inversamente, encontram-se profundamente desconfiados
do governo interino Temer, cuja prioridade é alinhar-se à geopolítica
norte-americana.
GOLPISTA: PERIGO CONTRA
ESTABILIDADE SOCIAL - Neoliberalismo temerista é uma temeridade total para a segurança nacional, de
acordo com conceito de segurança dos militares brasileiros.
Os
americanos, como se sabe, negam tudo o que os militares nacionalistas
brasileiros estão construindo em favor da política de defesa,
percebida como projeto da sociedade consciente da necessidade de
desenvolvimento nacionalista.
A
prioridade de Temer pelo modelo econômico neoliberal, focado, exclusivamente,
em ajuste fiscal, que até o FMI passou a criticar, lança profundas dúvidas no
meio militar.
O
neoliberalismo temerista, que:
1
– desconstitucionaliza conquistas sociais;
2
– destrói direitos trabalhistas;
3
– amplia desvinculação de verbas orçamentárias destinadas à educação e
saúde, para pagar juros da dívida pública;
4
– tira dinheiro de banco de desenvolvimento, como do BNDES, para ser
esterilizado no caixa do Tesouro, também, para pagar juros da dívida aos
banqueiros;
5
– desloca recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador(FAT), para o mesmo
objetivo, ou seja, engordar os sanguessugas que faturam desmesuradamente na
taxa de juro especulativa, enquanto é pregada austeridade contra os
assalariados;
6
– amplia privatizações do setor de petróleo, desnacionalizando o pré sal,
para atender demandas das petroleiras internacionais;
7
– esvazia a geopolítica brasileira de aproximação com os BRICs, para
atender pressões de Washington;
8
– acaba com abono salarial, para fazer ajuste fiscal;
9
– amesquinha política social(Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, Bolsa
Família, Farmácia Popular etc) e;
10
– põe em risco políticas promotoras de diversidade cultural, ampliando
participação e democratização dos mais pobres, com acesso às universidades etc,
e;
11
– Tenta afastar o Brasil dos BRICs(Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul), como força alternativa à geopolítica de Tio Sam, que se transformou,
depois da crise global de 2008, em favor de segurança internacional – ou
seja, tudo isso contribui, no entendimento da política de defesa nacional,
para aumentar a insegurança social e, consequentemente, a instabilidade
política.
O
governo Temer, com seu carrossel de medidas de austeridade neoliberal
antipopular que acaba com poder de compra dos trabalhadores, diminuindo renda
disponível para o consumo, deprimindo as forças produtivas, enquanto não se faz
nada contra o processo de sobreacumulação especulativa da renda nacional, para
atender reivindicações dos bancos, da Febraban, que tomou conta do Banco
Central, para fazer a política da agiotagem contra a sociedade etc, eis o que
apavora, no momento, os comandantes das forças armadas.
A
austeridade neoliberal – para os ricos, tudo, para os pobres, pau –
acelera providências que aumentam extraordinariamente a instabilidade
social e a insegurança pública e política.
Vai
o jogo do ajuste fiscal austero, bancocrático, na linha
contrária propugnada pelos projetos nacionalistas dos militares, como
alternativa de desenvolvimento nacional sustentável.
O
golpe político em marcha, mundialmente, condenado, tocado por forças
antinacionais golpista, visa sobretudo a derrubar a caminhada desenvolvimentista
nacionalista.
Por
isso, o governo Temer, do ponto de vista das Forças Armadas, vai se
transformando, aceleradamente, em grande fator de insegurança nacional.
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