quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Lava Jato vaza depoimento
para  atingir  advogado        
de  Lula                                        
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Em novo vazamento seletivo à imprensa, investigadores da Lava Jato afirmam que o advogado Roberto Teixeira, que defende Lula no caso triplex e outros processos, era o responsável pelo pagamento do aluguel de um apartamento vizinho ao que o ex-presidente habita, em São Bernardo do Campo.
Reportagem da Folha de S. Paulo dessa terça (27), priorizando a versão dos investigadores, insinua que Teixeira, "na prática", não pagava o aluguel porque o dinheiro voltava para ele como "compensação por uma assessoria sobre imóveis que ele prestava".
O depoimento teria sido dado pelo engenheiro Glauco da Costamarques, dono do imóvel alugado, no papel, para a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Glauco é "primo distante" de José Carlos Bumlai e, por isso, a Lava Jato tratou de investigar a relação dele com Lula.
Na visão da força-tarefa, o testemunho de Glauco foi contraditório porque ele afirmou que não tinha controle sobre os pagamentos efetuados por intermédio de Teixeira e, ao mesmo tempo, disse que só comprou o apartamento vizinho de Lula porque costuma investir em imóveis.
Para a Lava Jato, a unidade, na verdade, foi adquirida com valores pagos pela Odebrecht como uma forma velada de beneficiar Lula.
Glauco teria recebido dinheiro da DGA Construtora para comprar o imóvel e, de acordo com os investigadores, a DGA, por sua vez, usou recursos da Odebrecht.
A Lava Jato também diz que investigou as contas bancárias de Lula e não achou rastros de pagamentos do aluguel, embora essa despesa conste na declaração de imposto de renda.
O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia da Lava Jato e transformou Lula em réu pela quinta vez só neste ano. Na Lava Jato, é o segundo processo nas mãos do magistrado de Curitiba. Lula responde a outras três ações em Brasília - uma por obstrução de Justiça e duas por tráfico de influência.
De acordo com a Folha, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula e é sócio de Roberto Teixeira, negou que o dinheiro dos aluguéis fosse pago ao compadre de Lula. Segundo Martins, os valores "nunca foram usados para compensação de dívidas da prestação de serviços advocatícios" em favor de Costamarques.


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