sexta-feira, 30 de junho de 2017



Paulo  Nogueira

                     

                     (1956 – 2017)

                                                                  

Paulo

Resultado de imagem para Fotos de Paulo Nogueira, jornalistaPaulo Nogueira morreu na noite desta quinta-feira, 29  de junho, em São Paulo. Tinha 61 anos. Estava com câncer. Depois de uma batalha de dez meses, finalmente descansou.   ///  Paulo está vivo.   ///   Paulo está em seus filhos: meus sobrinhos Emir, Pedro, Camila e Fernando. Paulo está em minhas cunhadas Erika e Luísa.   /// Está nos seus irmãos Mari, Zé, Kika e eu. Nos seus sobrinhos e sobrinhas. Na minha tia Maria Ely. Nos amigos, como Sergio Berezovsky, Caco de Paula, Bia Parreiras e tantos outros que peço desculpas por não citar nesse momento.   ///   Está em mim e em você.   ///   Está em seu trabalho e em seu legado enorme e generoso.   ///   Ele fez de tudo no jornalismo. Foi repórter, editor, diretor de redação, superintendente. A maior parte da carreira na Editora Abril, outra parte na Editora Globo, os anos mais recentes neste DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO.   ///   Um dos maiores jornalistas do Brasil, passou pela Veja, foi editor da Veja São Paulo, reinventou a Exame.   ///   Deixou sua marca em cada uma delas. A vibração, a provocação, o apuro, a preocupação com a excelência. Inventou projetos, antecipava tendências.   ///   Nunca foi santo. Era duro. Era também de uma paciência infinita. Fez companheiros para a vida toda nas redações e revelou talentos. Fez inimigos, também, como todo grande homem.   ///   Ensinou, ensinou, ensinou.   ///   O DCM era seu projeto preferido. Ele mesmo falava do privilégio de poder exercer o ofício depois dos 50. Poderia ter tido uma aposentadoria tranquila, jogando tênis e pôquer às margens do Tâmisa.   ///   Preferiu combater o bom combate, com a mesma paixão de sempre. Em 2012, comemorávamos quando conseguíamos alcançar 20 mil leitores num dia. Hoje são 500 mil.   ///   O Paulo tinha uma visão e a perseguia com a mesma obstinação que tinha jogando futebol (um dia eu conto do gol mais bonito que ele fez. Um dia eu faço isso, quando não me doer tanto).   ///    A utopia do Brasil escandinavo foi a bússola do DCM. Continuará sendo.   ///   Uma vida intensa, um homem que fez tudo à sua maneira. Nasceu e morreu no mesmo quarto na casa dos nossos pais, no Jardim Previdência.   ///   Como ele queria.   ///   O Paulo vive. Obrigado, meu irmão.

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