quarta-feira, 28 de junho de 2017

GREVE GERAL VIA  'ZAP', 'TWITTER'  E 'FACEBOOK'
 Resultado de imagem para Fotos sobre greves gerais históricas no mundo

Do AMgóes >> Tenho participado das  ações de resistência ao golpe urdido a partir de novembro/2014 contra a Democracia no país.

Ativista anterior às sombras de 1964, convivi com a sequência conjuntural que permeou nossos  variados  embates nesse último meio século, em permanente (re)construção de trincheiras para enfrentamento ao poderoso capital.

Concepções descoladas da cruenta luta de classes, face ao caráter conciliador que sobreveio a épicos(mas efêmeros e pontuais) avanços da classe trabalhadora, no começo da década anterior, desfizeram nascentes estruturas de bases sociais imprescindíveis à sustentação de um projeto de governo popular.

O vislumbrado acesso ao poder passou a se diluir ato contínuo à suicida premissa de que 'a Globo é nossa', bandeira surreal desfraldada pela enganosa percepção de estar 'tudo dominado'.

Concomitante aos  inclusivos avanços socioeconômicos, de salutar repercussão planetária, passou-se ao largo do subjacente desmonte iniciado com o 'mensalão', que desembocou na 'lava jato', consubstanciado na investida do 'udenofascismo' com apelo moralista, desde sempre urdido pela predatória Casa Grande em seu empedernido ranço de dominação.

Abandonadas à própria sorte as sementes do pós-vitória em 2002, a surreal 'teoria da conciliação' levou Lula a(recorrentes) 'exclusivas' na bancada do Jornal Nacional e Dilma a preparar omelete na cozinha 'global' de Ana Maria Braga, refazendo o ânimo dos derrotados nas urnas.

Sem anteparo social, o projeto petista, conquanto de consagrado sucesso, sucumbiu às próprias idiossincrasias. Permitiu-se ao recalcitrante inimigo consolidar seu esquema intolerante e retaliador à insólita chegada do andar de baixo às cercanias do ansiado 'paraíso'. 

O golpe parlamentar-judicial-midiático, no ano passado, foi a pá de cal à inépcia política dos segmentos à esquerda, dissociados da mobilização popular só recentemente retomada, quando já estávamos todos com água à altura do pescoço.

Nosso discurso, embolorado,nota-se agora,  esbarra em ouvidos moucos à nossa volta, por herméticos e à feição de  'burocratizados' umbigos. O espontaneísmo, dada a sofreguidão imposta pela realidade adversa em curso, leva-nos a acreditar que 'zaps', 'facebooks' e similares, apenas eles, embora relevantes nestes tempos de  voraz comunicação virtual, desfaçam a geleia geral do 'pão e circo' que há anos 'abalou bangu'.

Posso queimar a língua(e até torço por isso), mas a incipiente mobilização em torno de(banalizada) greve geral, a segunda em exíguo espaço de sessenta dias, não levará 'comuns mortais' a cruzar os braços nessa próxima sexta,30,  embora sobrem razões cruciais para fazê-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário