sexta-feira, 2 de junho de 2017

'Diretas,  já!'   ou
'Diretas, nunca' 
   
Resultado de imagem para Foto de multidão exigindo 'Diretas Já'O noticiário contraditório que oscila entre o descarte de Temer e a sua manutenção --como um vigia bebado do precipício ao qual o país foi reduzido pela irresponsabilidade golpista das suas elites, evidencia a saturação das ferramentas conservadoras.  ///  Mas não deve iludir: a elite golpista sabe onde quer chegar, embora deixe transparecer a saturação dos meios à sua disposição.  ///  Se preciso, pode até levar ao sacrifício algumas peças para afiar a guilhotina desgastada e decepar os direitos políticos de Lula; colocar Meirelles ou Gilmar no comando do Estado e concluir as reformas que revogam o escopo de direito sociais e trabalhistas da Carta de 1988.  ///  Feito o trabalho sujo, a nação iria às urnas dentro de um ano e meio desprovida de lideranças reais, eviscerada de músculos e instrumentos institucionais para sair do chão.  ///  Em resumo, com alguma hesitação e riscos inerentes, tenta-se ganhar tempo e espaço político para concluir a operação central do golpe: lancetar o pacto da sociedade nascido sob o impulso da extraordinária ascensão das massas populares na cena política de 1984, com a Campanha das 'Diretas, Já!'.  ///  A exemplo do que ocorreu naquele final da ditadura, a elite e os interesses dominantes topam agora qualquer coisa. Menos entregar a transição de um ciclo de desenvolvimento que se esgotou ao voto popular.
Leia mais SAUL LEBLON na  CARTA MAIOR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário