terça-feira, 29 de novembro de 2016

Entrevista de Calero mostra que   Temer  montou  cerco para  favorecer  Geddel        

    caleromoldura
Embora não tenham divulgado ainda os áudios gravados de telefonemas – ao que parece por orientação da Polícia Federal -, a entrevista do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, nesse último domingo(27), no 'Fantástico', mostra que há muita lenha para queimar no caso Geddel Vieira Lima.
Visivelmente contido, o ex-ministro revela o suficiente para duas coisas serem estabelecidas.
A primeira é que a pressão de Geddel sobre Temer não foi leve, na base do “vê se me quebra o galho”. Ao dizer que o caso tinha “criado dificuldades operacionais para o Governo”, ele traduz claramente que houve ameaça de retaliação do ex-ministro da Secretaria de Governo, diante da postura inicial de deixar o caso restrito ao Ministério da Cultura.
A segunda é que o próprio Presidente da República montou e comandou um cerco sobre Calero, de forma a que ele entendesse que, embora não dada diretamente, o envio do caso para a AGU, que “encontraria uma solução” era uma determinação presidencial e não uma sugestão.
A história de que a AGU tem a obrigação de dirimir impasses entre órgãos do governo e que haveria um impasse entre o Iphan da Bahia (ocupado por um indicado de Geddel) e o Iphan nacional é digna de risos.
Não só porque se trata de um problema de hierarquia interna do órgão como, se fosse o caso de assessoria jurídica,  há uma projeção da AGU dentro do Ministério da Cultura, porque o cargo de Consultor Jurídico – e toda a estrutura da Consultoria – é composta de advogados da União.
Foi advocacia administrativa na veia e os fatos irão se suceder, porque Calero já mostrou que de bobo não tem nada e que foi devidamente orientado(por Serra, seu guru?) para colher provas antes de demitir-se.
Veja a entrevista, no video abaixo:
       

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