sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Doleiro nega a Moro que
Lula recebeu dinheiro
da Petrobras
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Arrolado no caso triplex contra Lula como testemunha de acusação, o doleiro Alberto Youssef disse, em depoimento nesta sexta-feira (25) na Justiça Federal do Paraná, que não conhece pessoalmente o ex-presidente e que jamais tratou com políticos que não fossem do PP sobre desvios de recursos da Petrobras.
O doleiro foi a sexta testemunha que, com aval do juiz federal Sergio Moro, se recusou a responder se negocia ou já fechou acordo de cooperação com os Estados Unidos, intermediado pela força-tarefa da Lava Jato.
A defesa de Lula suspeita que autoridades brasileiras que atuam na operação na Petrobras levaram réus delatores a colaborar com os EUA de maneira informal. Isso, na visão dos advogados, poderia levar a invalidade dos depoimentos colhidos até agora.
Sobre o caso triplex, Youssef não soube prestar nenhuma informação diante do juiz Moro. Lula é acusado pelo MPF de ter recebido vantagem indevida da OAS em contrapartida a três contratos da empreiteira com a Petrobras, para construção de duas refinarias. O apartamento no Guarujá seria uma propina disfarçada, na visão dos procuradores.
Abordado pelos procuradores, Youssef disse que apenas uma vez ouviu a voz de Lula ao telefone. "Foi em uma conversa feita com o viva voz ligado. Era uma uma conversa entre José Janene (PP) e Aldo Rebelo (PCdoB), sendo que Lula estava ao lado de Rebelo, sobre a demissão de um servidor do Ministério da Saúde pelo então ministro Humberto Costa. De acordo com o que contou Youssef, Janene estava irritado pelo fato de o funcionário ter sido demitido sem ter a chance de pedir demissão. O pepista teria dito um palavrão, e Lula interveio para que não ofendesse outras pessoas. Isso foi tudo que conseguiu dizer sobre Lula a testemunha de acusação", relatou a defesa de Lula, em nota à imprensa.

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