terça-feira, 22 de novembro de 2016

Após ressuscitar Garotinho politicamente, juiz manda investigar se é verdade angioplastia a que  foi  submetido  o  ex-governador              

O comportamento do juiz Glaucenir Silva de Oliveira que determinou a prisão de Anthony Garotinho é algo que consegue superar até mesmo a rejeição do ex-governador  na sociedade.
O primeiro ato, embora já seja motivo de estranheza jurídica, reconhecido até pela insuspeita Eliane Cantanhêde,  verbalizando os comentários que recolheu no Supremo Tribunal Federal, como pode ser visto aqui ainda teve acolhida por conta do desgaste de Garotinho e da onda do “prende todo mundo” a que insuflaram a sociedade.
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O juiz Glaudenir Oliveira e a espetaculosa remoção de Garotinho para Bangu

Mas quando o juiz, contra elementar orientação médica, mandou arrancar o ex-governador do Hospital Souza Aguiar, no Rio,  e levá-lo para a penitenciária de Bangu, as pessoas mais lúcidas começaram a perceber o abuso, tal como a ministra Luciana Lóssio, do TSE, que desfez a ordem esdrúxula, autorizando seu retorno à internação hospitalar.
A cirurgia angioplástica subsequente, no último sábado, comprovou o acerto da decisão e o absurdo risco de morte  a que o juiz submeteu Garotinho,   de todo inaceitável para qualquer  raciocínio, a não ser o de um desequilibrado de toga.
A reação do Dr. Glaucenir teria sido uma estranhíssima denúncia, há um mês (???), sobre duas tentativas de suborno promovidas pelo ex-governador, através de um filho. Mas nenhuma explicação pelo fato de não prender em flagrante o (suposto) subornador ou por que não mandou a Polícia instalar câmeras e gravadores destinados a produzir provas da oferta escusa. Só depois de revogada, por liminar do TSE, sua ordem de prisão de Garotinho,  é que resolveu falar?
Mas 'Sua Excelência' não parou por aí. Mandou uma equipe de peritos do Ministério Público investigar se a cirurgia não era “de mentirinha”, como se o corpo técnico de um hospital(o renomado Quinta D'Or, do Rio de Janeiro) fosse uma quadrilha de atores teatrais e uma cirurgia cardíaca, uma “brincadeirinha”.
Desculpe o linguajar, mas 'Sua Excelência' quebrou a cara.
O médicos do  MP – imagino o constrangimento dos profissionais que se submeteram a patrulheiros de seus colegas – encontraram um laudo que indicava uma obstrução de 60% numa das coronárias de Garotinho – que já não é tão garotinho assim – e puderam assistir o vídeo da cirurgia, onde o catéter captura e faz gravar o estado obstrutivo dos vasos cardíacos.
O juiz agora vai investigar os médicos que investigaram os médicos?
Isso, porém, não é o mais chocante.
Inacreditável é que um homem possa ter estes arreganhos autoritários protegido por sua condição de juiz sem que nada lhe aconteça.
Se isso não é abuso de poder, o que será? Entrar lá com a pistola que diz portar e gritar “teje preso, com catéter e tudo“?
Então um juiz pode decidir qual é o estado de saúde de uma pessoa e, inconformado com os laudos médicos, mandar investigar os médicos?
Garotinho, que merece mil críticas, sai muito mais saudável deste episódio, pelo menos politicamente.
Porque ele pode ser demagogo.
Mas seu perseguidor é um tirano(sob cujo manto de 'magistrado' tem conduta, faz tempo, atrabiliária, inadmissível para qualquer cidadão comum, muito menos ele; veja AQUI).

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