quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


Estado está forçando fechamento da  UERJ, denuncia  reitor              

Em carta ao governo fluminense, professor Garcia Marques diz que Universidade pode fechar as portas, além do Hospital Universitário Pedro Ernesto, responsável pelo atendimento de centenas de milhares de pacientes da cidade e do Grande Rio...

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Foto: Daniel Castelo Branco(Ag. O Dia)

Depois que o   Conselho Universitário     da Universidade   do   Estado do Rio de Janeiro (Uerj)          divulgou um comunicado    sobre       a possibilidade    de interromper     as atividades nas diversas unidades acadêmicas e administrativas,    devido à falta   de   pagamento    dos salários, bolsas e verbas de custeio, nessa terça-feira()10),     o reitor da instituição, Ruy Garcia Marques,     divulgou uma carta enviada ao governo em que afirma que o estado está "forçando o fechamento da universidade".


No documento, chamado "A Uerj e o Futuro do Rio de Janeiro”, Marques destaca a situação precária de funcionamento da universidade após os atrasos em pagamentos e repasses de verbas. Os salários dos professores e técnicos, além do pagamento a alunos bolsistas, estão atrasados desde novembro. O reitor afirma que "desprezar o ensino superior, a pós-graduação e a pesquisa é apostar na miséria, na violência e num futuro sem perspectivas positivas”. O reitor diz ainda que “forçar o fechamento da Uerj é não pensar no futuro de nosso estado e de nosso país”.


Assinado também pela vice-reitora,Maria Georgina Muniz Washington, e com o apoio de diversos ex-dirigentes, o texto afirma que "a Uerj está sendo sucateada, numa absoluta falta de visão estratégica por parte dos governantes do nosso estado, a quem incumbe o financiamento de uma universidade pública e inclusiva como a nossa”.



O texto destaca que a Uerj é atualmente a 11ª colocada em qualidade entre as 195 universidades brasileiras e a 20ª da América Latina, segundo o ranking da Times Higher Education de 2016. O reitor ressalta ainda que a insituição tem bons resultados na inserção de seus alunos no mercado de trabalho e em produção científica.


A Uerj também é responsável pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), um dos maiores do Rio de Janeiro, pela Policlínica Piquet Carneiro (PPC) e pela Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI).“São cerca de 35 mil alunos em seus cursos de graduação, nas modalidades presencial e de ensino a distância, mais de 4 mil em cursos de mestrado e doutorado, cerca de 2 mil em cursos de especialização e 1,1 mil nos ensinos fundamental e médio (Instituto de Aplicação – CAp-Uerj). Além do Campus Maracanã, dispõe-se em 13 unidades externas, constituindo seis campi regionais espalhados pelo estado do Rio de Janeiro, colaborando com seu desenvolvimento regional”.

"Fica clara, portanto, a importância da Uerj no cenário educacional de nosso estado, bem como seu impacto positivo para a nossa economia, preparando recursos humanos muito qualificados para as áreas da indústria, da tecnologia, do comércio, da educação, da saúde e da pesquisa avançada”, ressalta a carta.

O governo do estado informou que a demanda da Uerj seria respondida pela Secretaria de Fazenda (Sefaz). De acordo com a pasta, os funcionários estatutários da Uerj vêm recebendo os salários junto com os demais servidores, dentro do calendário atual de pagamentos. "Neste caso, a referência novembro 2016 está sendo parcelado em 5 vezes. Foram pagas as duas primeiras parcelas dias 5 e 6 e serão pagas as demais dias 11, 13 e 17”.

A Sefaz destaca que os repasses continuam sendo feitos à Uerj, “mesmo diante da grave crise financeira que o estado atravessa”, mas que, desde o início da crise, “a prioridade absoluta tem sido o pagamento dos salários dos servidores do estado”.




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