segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Trump aponta seus inimigos e não os adula:  “Estou  em guerra com a mídia” 

     waronmidia
De um mal não morre Donald Trump: o de não apontar claramente quem conspira contra ele.
No sábado(21), 24 horas depois de tomar posse na presidência dos EUA, em visita à Central  de Inteligência Americana (pus o nome por extenso da CIA para que lembremos exatamente o que é), ele falou com todas as letras:
“Como vocês sabem, eu estou em guerra com a mídia. Eles (os jornais e jornalistas) estão entre os seres humanos mais desonestos na Terra”
Fica claro que não há a menor possibilidade  de Trump ir, por exemplo, fazer omelete com algum apresentador de televisão, ou, no máximo, com algum que não seja da Fox, a emissora conservadora de seu país.
Fomos acostumados, por meses, a ver em Trump um imbecil, como se o topete alaranjado fizesse dele um homem incapaz de pensar, assim como o bigodinho mosca não fazia de Hitler um burroide.
Não quer dizer que vá vencer o duelo contra o paredão de mídia que se levanta contra ele – e não se levanta, creiam, por razões humanistas ou democráticas, o que poderia ser louvável  – mas Trump sabe que tem de deixar isso claro todo o tempo.
Mais: deixou claro ao Serviço de Inteligência que sua briga pública com a CIA era em função da estrutura que o Partido Democrata havia construído por lá.
Está claro que este será um grande período de tensões nos EUA, numa disputa praticamente inédita entre a elite midiática e o poder presidencial.
E não chegamos ainda à economia, que é lugar da verdadeira guerra.

              
PS. A íntegra da fala de Trump pode ser vista aqui.

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