quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Não é para moralizar.  É para entregar o Brasil mais rápido do que na era FHC                          

     gringopet
A matéria do Estadão é claríssima, melhor que desenhar.
Chamar só empresas estrangeiras para uma das raríssimas obras pesadas no Brasil da recessão, do desemprego e da crise não é, exceto para alguns imbecis, uma medida moralizante.
Ou será que, sob nova direção e com uma tonelada de caríssimos instrumentos de “compliance” e auditoria, a Petrobras está cheia de Paulos Robertos Costas de boca aberta para roubar?
Conceda-se à camada de dirigentes colocada por Michel Temer este benefício – em alguns casos, duvidoso.
Eles não são capazes de controlar projetos, custos e pagamentos?
Ou os empreiteiros estrangeiros são intrinsecamente honestos e aquelas história todas que lemos sobre a Halliburton e outras são “mentirinhas”?
Então porque todas as 30 empresas convidadas a participar da licitação de uma das mais importantes unidades – a de gás – do Copmplexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj  são estrangeiras?  Americanos, alemães, chineses, australianos e outros são “povos escolhidos” e não há ladrões entre eles?
Porque se não falta capacitação técnica entre os engenheiros brasileiros, porque chamar os “místeres”?
Quem roubou nas empreiteiras foram seus dirigentes e quem roubou na Petrobras foram dirigentes – e a maioria funcionários de carreira guindados a postos de direção – e seria insano dizer que elas não podem executar, sob rígidos controles, as obras que serão entregues aos estrangeiros.
Nem mesmo a sugestão da Associação dos Engenheiros da própria Petrobras, de dividir a obra em lotes menores, para que outras empresas, sem porte gigantesco, a pudessem realizar.
Não é insano, é traição. É coisa que gente que vai roubar, de outra forma: roubar recursos ao Brasil, roubar empregos a projetistas e engenheiros que serão contratados lá fora, roubar conhecimentos técnicos estratégicos desenvolvidos pela companhia. Isso se não chegarem a importar simples técnicos, porque boa parte delas nem escritório têm no Brasil.
São os frutos envenenados de Moro e sua Lava Jato: em nome da moralidade pratica-se a imoralidade da traição nacional.
Nem mesmo a ditadura militar fez isso à Petrobras.
Outro dia publiquei aqui um artigo do Mauro Santayana, divulgado pelo Clube de Engenharia(AQUI), sobre a morte da engenharia brasileira.
Não é simples morte. É assassinato.

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