segunda-feira, 2 de maio de 2016

1º DE MAIO

Nas  ruas,  o recado: o
Brasil  não  quer  uma
ponte para o  século 19

No Dia do Trabalho, homenagem aos mortos de Chicago em 1886 por lutar pela redução de jornada de 16 horas/dia, manifestações miraram a defesa de conquistas e a resistência ao retrocesso...
(Redação)                                    
MARCIA MINILLO/RBA
São Paulo
No Anhangabaú, CUT, CTB, Intersindical, e movimentos reunidos nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo deram o recado.
São Paulo – O 1º de Maio, como tradicionalmente acontece há 130 anos, mais uma vez ecoou em diferentes línguas, sotaques e tons as angústias, celebrações e aspirações do mundo do trabalho. No Brasil, as relações entre capital e trabalho – também em alguns aspectos entendida como luta de classes – nunca estiveram tão azedadas como atualmente pelo menos desde os anos 1950/60, entre a tentativa de golpe contra Getúlio Vargas e o golpe consumado contra João Goulart.
Ambos em atos de violação explícita da ordem institucional e democrática, e tendo como operadores os mesmos de hoje: detentores do grande capital, dos meios comerciais de comunicação, e como principal argumento para seduzir os habitantes dos andares inferiores o combate à corrupção. Enfim, é o andar de cima da luta de classes com seu “poder de sedução” – concentrado na mídia, em setores do Judiciário e em rios de dinheiro com que mantêm seus representantes no Legislativo. Sempre em erupção quando a democracia passa dos limites e, por meio dela, o andar de baixo começa a se empoderar, ainda que sob regime de conciliação de classes. Para embelezar o golpe, desta vez dão-lhe o nome de Ponte para o Futuro.
Assim, o 1º de Maio no Brasil não poderia ter outro assunto principal que não a tentativa do andar de cima de derrubar o governo trabalhista de Dilma Rousseff – ainda que ela tenha dado tantos sinais de que o grande capital não teria de se preocupar com seus anéis, tampouco com seus dedos.
Este Dia do Trabalho teve, portanto, como ponto central a defesa da democracia, e de tudo aquilo que está inscrito na Constituição. Como bem definiu a presidenta Dilma, em seu discurso no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, os que operam o golpe contra seu mandato têm todo direito de oferecer seu programa à sociedade, mas não podem impor seu projeto à força. E o que querem impor não foi o programa que venceu as eleições.
Os atos por todo o país celebraram o sabor das conquistas alcançadas nos últimos 130 anos, e a disposição de ir à luta contra os que pretendem ver a relação capital e trabalho se tornar tão desigual com eram em maio de 1886 – levando à luta aqueles operários de Chicago, em muitos à morte. Foi um 1º de Maio de rebelião contra a construção de uma ponte para o passado.
MIDIA NINJA E MARCIA MINILLO/RBA
show
Dilma avisou aque vai resistir. Tico Santa Cruz, do Detonautas, de camisa na UNE,                                           bandeira da CUT e boné do Chê, disse que tem lado.
TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
Rio Lapa
No Rio, que teve ato na sexta-29, houve manifestação na Lapa. E junto com a                                                   Frente Brasil Popular (abaixo), dia de luta contra o 'impeachment'.

Rio 2
SUMAIA VILELA/FRENTE BRASIL POPULAR
Recife

RECIFE foi palco de protestos pela democracia. E sobrou para o golpista Habib’s,  aos                                       gritos de “fecha! fecha!”

Recife 2
MIDIA NINJA
Porto Alegre

PORTO ALEGRE(acima) deu o recado e nome aos bois, assim comoFORTALEZA (abaixo)
Fortaleza
MIDIA NINJA
Brasília
BRASÍLIA teve 'desvotação' dos cidadãos inconformados com os senadores que                                                   apoiam o impeachment mesmo sabendo que, sem crime, é golpe.
MIDIA NINJA
BH
Em BELO HORIZONTE, Levante Popular da Juventude  faz escracho no  prédio do senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG),  campeão de  pedaladas  que  quer derrubar  a  presidenta
por muito menos do que ele fez quando governador.
ISMAEL FRANCISCO/CUBADEBATE/FOTOS PÚBLICAS
Cuba 1
Em Havana, milhares acompanharam desfile.    No detalhe,   Gerardo Hernández,   um dos                               heróis cubanos presos nos EUA por defender seu país de ataques provenientes do andar de                               cima.
ISMAEL FRANCISCO/CUBADEBATE/FOTOS PÚBLICASCuba 2
Cubanos também mandaram apoio contra golpe no Brasil. Para quem acha que Cuba não                                 vale por ser capital mundial do socialismo...
JORNALISTAS LIVRES/REPRODUÇÃOEUA
... então  fique  com  o  apoio vindo  d e Nova  York,  capital mundial do 'democrático'                                   sonho americano.

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