sábado, 5 de novembro de 2016

Estado de Exceção nazifascista...

Reitor da UFRJ sofre ameaça de “condução coercitiva” por defender publicamente a democracia


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(Reitor da UFRJ, professor Roberto Leher, em entrevista ao Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC. Foto: Reprodução/ Youtube)
 MP intima reitor da UFRJ por campanha "em defesa da democracia"
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Leher, foi ameaçado de condução coercitiva para depor no Miniastério Públoico Federal. As informações foram confirmadas. Trata-se de uma medida abusiva e repressora do Ministério Público para tentar coibir os pronunciamentos que a direção da UFRJ tem feito contra o golpe institucional do impeachment e  os ataques do governo Temer.
A ameaça de condução coercitiva ocorreu depois que o reitor pediu para alterar a data de depoimento que coincidia com a reunião do Conselho Universitário. O motivo do depoimento era "esclarecer" a campanha "Em defesa da democracia" que a Universidade promoveu, envolvendo debates e shows com personalidades políticas, acadêmicas e artísticas.
Horas depois que essa notícia ganhou as redes sociais, o Reitor Leher e seus assessores comunicaram que o MP recuou da condução coercitiva, mas manteve todo o inquérito de pé.
Os ditadores da toga, com condução coercitiva ou não, seguem explicitando a intimidação e a censurar à liberdade de pensamento e crítica, ignorando a autonomia universitária, entre outros abusos inconstitucionais da ameaça.
Subsiste a oposição, com urgência, a essas medidas repressivas, com a organ ização da resistência dos estudantes, técnicos administrativos e professores contra os ataques do governo golpista. O objetivo é fazer da UFRJ, que é símbolo das  'federais' em todo o país, uma alavanca para a grande luta nacional coordenada com a juventude que já ocupa escolas e universidades.
A Reitoria da Universidade emitiu comunicado em que reitera seu posicionamento político:
“O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro considera justa e necessária a mobilização social que toma conta do país em defesa dos direitos sociais assegurados originalmente na Carta de 1988 e conclama todos os setores democráticos da sociedade brasileira a se engajarem na defesa do futuro da educação pública, da ciência, tecnologia e inovação, do Sistema Único de Saúde e dos demais direitos humanos fundamentais para o bem-viver dos povos.
Prof. Roberto Leher - Reitor”

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