Ligado aos tucanos, ex-presidente do STF recusa Ministério da Justiça do governo golpista
Ao longo da semana Temer teve encontros com Velloso, onde as condições para que ele assumisse o ministério foram debatidas. O presidente chegou a confirmar, em seu Twitter, os encontros, afirmando que a escolha do futuro ministro da Justiça seria “pessoal, sem conotações partidárias”, e que Velloso era seu amigo “há mais de 35 anos.” “Estive com [o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal] Carlos Velloso ontem [no Palácio do Planalto]. Conversamos privadamente por mais de uma hora. Meu amigo há mais de 35 anos. Marcamos esse encontro diretamente. Continuaremos a conversar nos próximos dias. A escolha do novo ministro da Justiça será minha, pessoal, sem conotações partidárias”, escreveu Temer na quarta-feira (15), deixando clara sua preferência pelo ex-ministro.
Contudo, Velloso se mostrava ainda reticente, mesmo tendo declarado o desejo de “servir o país”, e que inclusive teria sido convidado por Temer para “ajudar a salvar o Brasil”. À Folha de S. Paulo, Velloso afirmou que, se aceitasse o convite, ficaria no ministério por apenas um ano, “não mais que isso”.
Aécio Neves e Carlos Velloso
As investigações têm origem na delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral, que acusou o tucano de maquiar dados do Banco Rural na CPI dos Correios e também de receber propinas em suposto esquema de corrupção em Furnas. O senador nega as acusações.
Velloso também já foi filiado ao PSDB de Minas. Ele elaborou o parecer jurídico que dizia que o aeroporto construído pelo governo estadual em Cláudio (MG), em terras de um parente do senador, durante a gestão de Aécio, não feria a legislação.
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