domingo, 17 de setembro de 2017

O GENERAL DA “INTERVENÇÃO” VAI  PARA  A GELADEIRA?
    semtropa

Os jornais trouxeram reportagens, nesse último fim de semana,  sobre as declarações do general Antonio Mourão de que “companheiros do Alto Comando do Exército” entendem que uma “intervenção militar” poderá ser adotada se o Judiciário “não solucionar o problema político”, em referência à corrupção de políticos.  |||  Não é coisa a se atribuir maior importância, exceto dentro do próprio Exército, pela evidente quebra de hierarquia e disciplina mas, principalmente, por ter usurpado a palavra do mais alto órgão do Exército Brasileiro, onde ele é apenas um dos 14 integrantes.  |||  Mourão, exonerado de um dos mais fortes comandos do Exército, o Sul, foi convertido ano passado em “general sem tropa” pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, ao transferi-lo para a burocrática Secretaria de Economia e Finanças.  ||| ' É por isso que ele resolveu falar com a “cobertura” de uma reunião da maçonaria.  |||  Neste momento julga-se se ele deve ser ignorado ou receber nova punição, necessária do ponto-de-vista disciplinar, mas que tem o inconveniente de  torná-lo líder do “movimento dos sem juízo”.  O mais provável é que o coloquem “no freezer”.  |||  Os oficiais generais do Exército, salvo uma meia-dúzia de “brucutus”, são homens inteligentes e que passaram anos  estudando geopolítica, entre outras coisas. Sabem perfeitamente que uma intervenção militar não apenas “racharia” a Força como acarretaria o imediato  isolamento do Brasil no mundo., que vive um contexto completamente diferente do período da “Guerra Fria”.  |||  Governos militares só são possíveis, hoje – e olhe lá – em pequenos países, sem importância no cenário mundial, jamais num gigante como o Brasil.  |||  A ameaça de ditadura que o Brasil vive hoje não é a militar, é a judicial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário