"Juiz Moro é suspeito
desde cena de cochicho com Aécio Neves"
O que falou a promotora Lúcia Helena Oliveira, em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado, semana passada, em Brasília, já era conclusão liminar de qualquer mortal minimamente esclarecido.
A foto acima, à direita, escancarou a relação promíscua do juiz federal da Operação 'Lava Jato' com o senador Aécio Neves e, de resto, toda a camarilha responsável pelo golpe que subtraiu o poder constitucional da presidenta Dilma Rousseff em 2016.
Moro, com Temer e comparsas golpistas tucanos, foi premiado em evento promovido pela revista IstoÉ, patrocinado pela sul-coreana Kia, como explicitado na imagem ao lado.
A promotora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Lúcia Helena Oliveira, defensora da ampliação da possibilidade do impedimento do juiz afirmou que “não basta ele ser imparcial, mas também deve parecer imparcial”.
“Se um juiz é fotografado conversando no ouvido do opositor político do seu réu ou se o juiz vai aos jornais, como o presidente do TRF-4 o fez, para fazer apreciação de valor da sentença que ele vai julgar dizendo que a sentença do Moro é irrepreensível, ele já é suspeito. Fora dos autos ele já diz o que acha da sentença? Assim como o Gilmar Mendes não pode almoçar com o pessoal do PSDB no mesmo dia em que impediu a nomeação de Lula para a Casa Civil. Não pode”, criticou.
Mídia escamoteia Direitos Humanos
A diretora de Programas da Secretaria Nacional de Cidadania do Ministério dos Direitos Humanos, Fabiana Gadelha (foto ao lado) criticou o fato de a maioria dos órgãos de imprensa no Brasil fazer uma cobertura distorcida sobre os 'Direitos Humanos'
“Comumente, a sociedade ignora o conceito de direitos humanos como os direitos das pessoas, de qualquer pessoa. Seja ela estando em sua casa, na rua, que tem condições de acessar aos direitos básicos e aquelas que não”, explicou.
Além disso, Fabiana acentuou que o Estado autoritário prejudica todas as pessoas, de todas as classes sociais, de todos os saberes e todas as posições. Assim, quando a Justiça deixa de aplicar o direito e se torna justiceira, o resultado é o vivido atualmente, em que “se tenta reduzir a maioridade penal, que trará mais injustiça, tenta-se aumentar o tempo de internação acreditando que ficando mais tempo fora do convívio social esses jovens vão aprender a se comportar”.
“Quando se aumenta a exclusão social, se diminui a igualdade. Uma medida de direito não pode jamais ser uma medida de segurança pública. Uma sociedade humanamente desenvolvida é aquela em que todos têm direitos iguais para alcançar os mesmos objetivos e se possa enfrentar o mínimo de obstáculos para a realização de suas potencialidades. E o sistema de Justiça hoje tem um senso punitivo sobre as violações”, finalizou a diretora de Programas da Secretaria Nacional de Cidadania.
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