sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Após  ‘vice’  propor fim

do 13º, Bolsonaro tenta reverter estrago

 

DAYANE DOS SANTOS, no VERMELHO

Com Fernando Haddad (PT) disparando em todas as pesquisas de intenção de votos e já sinalizando um empate técnico, Jair Bolsonaro tenta emendar o estrago feito pelo seu companheiro de chapa,  o 'vice' generl Mourão. Ele disse em sua página no Twitter que só critica o 13º salário quem desconhece a Constituição, além de ser uma "ofensa" a quem trabalha.   |||   Em discurso na terça-feira (25), na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS), Hamilton Mourão defendeu pensamento neoliberal na economia e, seguindo a premissa estabelecida pelo próprio Bolsonaro - que disse que o "trabalhador brasileiro teria que escolher entre ter mais direito e menos emprego ou mais empregos e manos direitos -, o general disse que os direitos trabalhistas encarecem a contratação de mão de obra no país.   |||   "Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada 12, como é que nós pagamos 13? É complicado. E é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais. É aqui no Brasil. Então, são coisas nossas. A legislação que está aí é sempre aquela visão dita social, mas com o chapéu dos outros, não é com o chapéu do governo", afirmou Mourão.   |||   Agora, como candidato, Bolsonaro passa um verniz no seu discurso e de seu vice. "O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição".   |||   Mourão, pelo que tudo indica, já pensou nisso, pois já defendeu a realização de uma nova Constituinte, mas desta vez, sem a participação popular. Apenas com nomes de "notáveis" escolhidos por ele.

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