Manuela: Mourão agrediu as
mulheres que chefiam 40%
dos lares no país
Manuela d'Ávila, vice na chapa de Fernando Haddad da coligação O Povo Feliz de Novo, rebateu nesta terça-feira (18) a declaração do general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), que disse que a criminalidade é resultado de famílias pobres “sem pai e vô, mas com mãe e avó” que criam seu filhos transformando-os em “fábricas de desajustados” que fornecem mão de obra ao narcotráfico. ||| "Somos um país que 40% dos lares são chefiados por mulheres. A maior parte das mulheres criam os seus filhos sozinhas, com ausências graves de seus companheiros, os pais biológicos dos filhos, mas também com a ausência de politicas públicas que são imprescindíveis para criar, sustentar e educar os filhos", afirmou Manuela durante coletiva de imprensa em Florianópolis ao lado de Haddad, classificando a declaração de Mourão como "infeliz". ||| Manuela lembrou não ter sido à toa, durante a gestão do governo Lula, tendo Haddad como ministro da Educação, que, por meio da criação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), a educação infantil como uma pauta do governo federal. ||| "Desconhecer ou agredir as mulheres que chefiam 40% dos lares desse país é não compreender que isso faz parte da ideia do que é necessário para o Brasil se desenvolver. Valorizar essa mulheres e permitir que elas possam contribuir plenamente com o nosso país", reforçou Manuela. ||| Pouco antes da coletiva, por meio das rede sociais, a 'vice' na chapa de Haddad já havia criticado as declarações de Mourão. “Elas superam a ausência do Estado, da creche e de investimentos públicos em políticas que emancipem essas mulheres. É um desrespeito total ao nosso país. Porque o Brasil é construído pelo esforço dessas mulheres”, repeliu Manuela. ||| A candidata afirmou que o Brasil precisa vencer o ódio. “Somos muito maiores do que esse ódio que as pessoas levam no coração”, frisou. Ela também falou sobre a grande 'onda' de mulheres que ora se une nas redes sociais para derrotar o candidato representante do machismo e misoginia nestas eleições. “Vocês viram que quanto mais eles atacaram os grupos das mulheres nas redes sociais, mais os grupos cresceram”. Manuela se refere aos atos marcados para o próximo dia 29 em várias cidades do Brasil, contra a candidatura de Bolsonaro. Em São Paulo, a concentração será às 17 horas, no Largo da Batata. “As mulheres vão as ruas dizer que ele não, porque nós merecemos viver com dignidade. Merecemos ser tratadas por quem presidir o Brasil com a dignidade que tratamos o nosso país e que contribuímos para ele se desenvolver”, declarou Manuela d’Ávila.
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