quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Associado diretamente  a Lula, Haddad soma 22%, ultrapassa Bolsonaro e venceria todos no segundo turno,  diz  Vox Populi

Ex-prefeito de São Paulo já registra 31% no Nordeste, a menos de 48 horas de oficializada sua indicação para substituir o ex-presidente na campanha eleitoral...

Na CARTA/CAPITAL e VIOMUNDO  
A nova pesquisa CUT/Vox confirma o poder de transferência de voto de Lula, preso em Curitiba e impedido de concorrer à presidência da República pelo Tribunal Superior Eleitoral.  Quando claramente apresentado aos eleitores como o candidato do ex-presidente, o petista Fernando Haddad alcança 22% de intenção de votos e assume a liderança na disputa.  Jair Bolsonaro, do PSL, aparece em segundo, com 18%. Ciro Gomes, do PDT, registra 10%, enquanto Marina Silva, da Rede, e Geraldo Alckmin, do PSDB, aparecem com 5% e 4%, respectivamente. Brancos e nulos somam 21%.   |||   O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%.  O Vox Populi tomou a decisão de associar Haddad diretamente a Lula no questionário, ao contrário das demais empresas de pesquisa.  Segundo Marcos Coimbra,diretor do Instituto, não se trata de uma indução, mas de fornecer o máximo de informação ao eleitor.  “Esconder o fato de que o ex-prefeito foi indicado e tem o apoio do ex-presidente tornaria irreal o resultado de qualquer levantamento. É uma referência relevante para uma parcela significativa dos cidadãos. Chega perto de 40% a porção do eleitorado que afirma votar ou poder votar em um nome apoiado por Lula”.   || 
Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente.  O petista, confirmado na terça-feira(11) como o 'cabeça de chapa' na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhecê-lo só de nome.    O desconhecimento é maior justamente na parcela mais propensa a seguir a recomendação de voto de Lula, os mais pobres e menos escolarizados.   ||   De maio para cá, decresceu sensivelmente o percentual de brasileiros que afirmam não saber que o ex-presidente está impedido de disputar a eleição: de 39% para 16%.  Ainda assim, é em meio a esse público que Haddad registra grandes avanços.  Na comparação com a pesquisa de julho, mês no qual o PT ainda nutria esperanças de garantir Lula na disputa, o ex-prefeito passou de 15% para 24% entre os eleitores com ensino fundamental e de 15% para 25% entre aqueles que ganham até dois salários mínimos.     ||   
O petista chega a 31% no Nordeste tem seu pior desempenho na região Sul (11%), mesmo quando associado ao ex-presidente.Ciro Gomes é o menos rejeitado (34%) entre os cinco candidatos mais bem posicionados. Haddad tem a segunda menor taxa, 38%. No outro extremo, com 57%, aparece Bolsonaro.  O deputado, internado desde a sexta-feira-7 no Hospital Albert Einstein  , em São Paulo, registra contudo o maior percentual de menções espontâneas (13%), contra 4% de Ciro e Haddad, 3% de Marina e 2% de Alckmin.   |||   O fato de as citações espontâneas se aproximarem da porcentagem registrada por Bolsonaro nas respostas estimuladas demonstra, ao mesmo tempo, um teto do candidato do PSL e uma resiliência que tende a levá-lo à próxima fase da disputa presidencial.  O Vox realizou diversas simulações de segundo turno.  Bolsonaro venceria Alckmin (25% a 18%), empataria tecnicamente com Marina (24% a 26%), masa perderia para Ciro (22% a 32%) e Haddad (24% a 36%).  O pedetista e o petista vencem os demais. O instituto não fez a simulação de um confronto entre os dois.   |||   Por fim, a pesquisa mediu a percepção dos eleitores em relação ao ataque a Bolsonaro ocorrido em Juiz de Fora em 6 de setembro.  A maioria absoluta, 64%, associa a facada a um ato solitário de um indivíduo desequilibrado, “com problemas mentais”.  Outros 35% acreditam tratar-se de um atentado organizado e planejado, com fins políticos.  A maior parte dos entrevistados (49% contra 33%) não crê que o episódio possa influenciar a decisão de voto dos brasileiros.

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