sexta-feira, 21 de setembro de 2018


                
No portal LULA
Atualmente, a alíquota de imposto de renda varia conforme a faixa de rendimentos. Quem ganha até R$1903,98 é isento, e a partir daí a alíquota cobrada é crescente, aumentando progressivamente de 7,5% para 27,5% – para quem ganha mais de R$ 4.666.  Com a faixa única de tributação, todos pagarão 20%, sem progressividade na cobrança. Como mostra a tabela acima, isso afeta negativamente a todos que ganham até R$ 10.000. Acima desse valor, a perspectiva se inverte: quanto mais a pessoa ganha, menos ela pagará de imposto. Alguém com o rendimento médio de R$ 4 mil vai pagar mais que o triplo de imposto: de R$ 263 para R$ 800, enquanto quem ganha R$ 30.000 pagará R$ 1380 a menos de imposto.   |||   Diante da péssima repercussão da proposta, Paulo Guedes,  afirmou que iria “apenas” congelar a tarifa máxima do IR para 20%. O problema é que, para especialistas, as duas versões aumentam o abismo entre ricos e pobres, além de não trazerem benefício algum do ponto de vista fiscal, segundo artigo(AQUI) do El País.   |||   Na primeira proposta, a alíquota de quem ganha até 2.800 por mês saltaria de 7,5% para 20%, ou seja, seria quase três vezes maior da praticada hoje. Na segunda não muda a vida de quem ganha menos, mas, mais uma vez, auxilia os que estão no topo da pirâmide.   |||   De acordo com jornal, de qualquer maneira, as duas propostas de Paulo Guedes ferem o princípio da progressividade no imposto de renda, uma das premissas da Reforma Tributária Solidária – um projeto que analisa profundamente o sistema tributário brasileiro e dos principais países do mundo, escrito por 40 especialistas no assunto. Quem ganha mais deve pagar mais, quem ganha menos, deve pagar menos.   |||   Quando se diz que a alíquota do IR praticada no Brasil é alta, não se considera que é ela é muito menor do que vários países que fazem parte da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico): Bélgica (50%), Holanda (52%), Suécia (57%), Argentina (35%) e Chile (40%).   |||   Assim, podemos ver claramente que o problema não mora em termos uma alíquota alta de imposto de renda e, sim, que ela pese demais para a camadas de mais baixo poder aquisitivo –ou seja, a grande maioria do povo brasileiro, pois, atualmente, a renda média do país é de 2.000 reais”, afirma o artigo.

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