quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Bravateiro,  Ciro  quer fugir à responsabilidade
pela derrota de Haddad 
REUTERS/Ueslei Marcelino: <p>Ciro Gomes durante convenção do PDT em Brasília 20/07/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino</p>

PAULO MOREIRA LEITE, no BRASIL/247

A informação mais relevante da entrevista de Ciro Gomes à Folha de S. Paulo, a primeira depois da eleição de Jair Bolsonaro, envolve seu papel no país que, a partir de 1º de janeiro de 2019, estará diante do primeiro governo de extrema-direita desde os tempos de Emílio Gastarrazu Médici, na ditadura militar.    |||   "Não posso me afastar agora da luta," diz Ciro Gomes, assumindo ar responsável no primeiro pronunciamento depois de uma omissão de três semanas entre Lisboa e Paris. "O país ficou órfão", prossegue, apresentando-se como candidato  a 'pai adotivo', depois de manter um silêncio obsequioso a 8.725 km de distância, incapaz de qualquer gesto efetivo para ajudar a evitar uma catástrofe e impedir uma guerra de extermínio.   |||   Capaz de partir para o descanso no exterior quando a sobrevivência de um país de 207 milhões de habitantes foi objetivamente colocada em perigo por Bolsonaro & Cia, a indiferença de Ciro pelos destinos dos brasileiros e brasileiras envergonhou uma imensa parcela de eleitores e calou aliados.   |||   Em sua deplorável omissão, Ciro também provocou uma interpelação irrespondível por parte do artista plástico Nuno Ramos, um dos mais conceituados do país. Engajado como tantos brasileiros na luta pela virada a favor de Fernando Haddad, em artigo intitulado "Gente Frouxa", em que analisa a omissão de vários homens públicos ao se manterem quietos na reta final da campanha em vez de jogar fundo na luta democrática.   |||    Nuno refere-se ao comportamento de Ciro nos seguintes termos: "Estará magoado? Quem sabe um terapeuta? Uma xícara de chá, para iniciar a lenta dança de aproximação para as eleições de 2022, que provavelmente nunca chegarão? "


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